Caso Hytalo Santos: Kamylinha rompe o silêncio e nega exploração

Em sua primeira declaração pública desde que o caso Hytalo Santos ganhou repercussão por suspeitas de exploração de menores, Kamylinha Santos, a primeira criança a participar dos vídeos do influencer, foi em sua defesa. Em entrevista exclusiva ao programa Domingo Espetacular, da Record, neste domingo (17), a jovem de 17 anos negou qualquer situação de exploração e atribuiu sua presença nas redes ao próprio gosto pela dança. O pronunciamento ocorre em meio a uma complexa investigação que levou à prisão de Hytalo e do marido, MC Euro.

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“Eu era fã dele quando ele morava lá em Cajazeiras”, afirmou Kamylinha, recordando o início do contato com Hytalo, aos 12 anos. “Sempre gostei de dança, sempre gostei de dançar. Postava meus vídeos. Nunca teve negócio de exploração, nunca teve. Eu sou assim, eu gosto de dançar”, insistiu, buscando afastar as acusações que pesam contra o influencer.

A trajetória da jovem nas redes sociais, no entanto, foi interrompida pela Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda. Seu perfil no Instagram, que acumulava mais de 11 milhões de seguidores enquanto ela ainda era menor de idade, foi bloqueado. Em nota oficial, a SPA justificou a medida pela ilegalidade de uma menor promover casas de apostas.

A vida pessoal de Kamylinha também ganhou contornos polêmicos: aos 16 anos, passou por uma cirurgia de implante de silicone mamário e obteve emancipação judicial. Pouco tempo depois, anunciou uma gravidez de Hyago Santos, irmão de Hytalo, mas sofreu um aborto espontâneo. Paralelamente, seu conteúdo nas redes sociais passou a exibir um tom crescentemente sexualizado. “Eu gosto de viver minha vida. Só queria viver minha vida em paz com ele. Só”, desabafou durante a entrevista, se referindo a Hytalo.

O caso Hytalo Santos

A prisão de Hytalo Santos e de seu marido, Israel Nata Vicente (MC Euro), ocorreu em Carapicuíba (SP), em ação da Polícia Civil de São Paulo cumprindo mandados da Justiça da Paraíba. Antes disso, uma operação resultou na apreensão de celulares, veículos e no bloqueio de perfis online dos investigados.

As investigações, iniciadas em 2024 pelo Ministério Público da Paraíba (MP-PB), apuram suspeitas graves de exploração sexual infantil, adultização precoce de crianças e adolescentes, e violações ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O caso é conduzido por promotorias de João Pessoa e Bayeux (PB), com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Ministério Público do Trabalho (MPT).

Neste sábado (16), a Justiça de São Paulo confirmou a manutenção da prisão preventiva de Hytalo e MC Euro. Eles seguem custodiados aguardando os desdobramentos do processo.