Bonecas que valem uma fortuna: boom dos bebês reborn movimenta mercado com preços de até R$ 13 mil
Sensação nas redes sociais, bonecas hiper-realistas são personalizadas à mão e podem ultrapassar os R$ 10 mil dependendo dos detalhes. Influencers ajudam a impulsionar o fenômeno
Eles têm rosto, cabelo, peso e até cheiro de bebê. Mas não choram, não mamam e nem crescem. Os bebês reborn, bonecas hiper-realistas que mais se parecem com recém-nascidos de verdade, viraram febre na internet e estão movimentando um mercado cada vez mais valorizado no Brasil. Com forte apelo emocional e um nível impressionante de detalhamento, essas bonecas chamam atenção não só pela aparência, mas pelos preços, já que uma única peça pode custar mais de R$ 13 mil.
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A explosão da tendência ganhou força nas redes sociais, onde influencers exibem suas coleções, montam enxovais e até encenam o dia a dia com os “filhos de silicone”. A exposição despertou curiosidade, admiração e também críticas. Mas, enquanto o debate cresce, o que realmente chama atenção é o impacto financeiro dessa paixão.
Em uma pesquisa feita em algumas lojas virtuais, foi possível encontrar modelos simples por menos de R$ 100, mas também verdadeiras obras de arte com valores astronômicos. Em um dos anúncios mais caros, uma boneca é oferecida por R$ 13.904,24. O motivo? Ela é feita inteiramente em silicone macio, com cabelos castanhos implantados fio a fio, tem 50 cm de altura e vem com certificado de autenticidade. “Uma edição feita à mão com carinho pela artista”, descreve o vendedor.

A personalização é o grande diferencial dos bebês reborn. Quanto mais fiel ao real, incluindo veias, dobrinhas na pele, marcas de nascença e enxoval completo, maior é o preço. Os modelos “toddlers”, que simulam crianças de até seis anos, podem ultrapassar os R$ 5 mil. A produção não é simples: um reborn pode levar de 45 a 60 dias para ficar pronto, especialmente se for encomendado sob medida.
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Embora a matéria seja focada na tendência nacional, Uberlândia também faz parte desse cenário. A artesã Maria Luiza Sena Soares, de 54 anos, afirma ter sido uma das pioneiras da arte reborn na cidade. “Na época, era tudo em vinil. Atualmente, os bebês são siliconados, super realistas, e até podem tomar banho. Mas o custo subiu tanto que precisei parar de produzir”, conta.
Outro nome conhecido no meio é o da artista Silvana, de Araguari, que já enviou suas crias para países como Portugal e Suíça. Um reflexo do reconhecimento internacional que algumas brasileiras vêm conquistando nesse nicho.
Para quem pensa em adquirir um exemplar dos bebês reborn, é importante pesquisar bem. Grandes redes como Magazine Luiza e marketplaces como Shopee e Elo7 oferecem opções variadas. Já quem busca um modelo exclusivo e com assinatura artística deve se preparar, pois o preço final pode facilmente ultrapassar os dois dígitos de milhar.