A Lua na mira da ação humana: entenda por que ela foi incluída na lista de locais ameaçados

Pela primeira vez, a Lua entrou para a lista de locais ameaçados pela ação humana, uma relação divulgada a cada dois anos pela organização World Monuments Fund (WMF). 

Composta por 25 locais ao redor do mundo que enfrentam sérios desafios de preservação, a lista deste ano trouxe um alerta inédito sobre a exploração do satélite natural. 

A organização destacou que a crescente atividade espacial tem ocorrido sem o devido cuidado com a preservação de marcos históricos fundamentais para a narrativa coletiva da humanidade.

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De acordo com Bénédicte de Montlaur, presidente da WMF, é urgente a necessidade de adotar medidas proativas para proteger itens emblemáticos da exploração lunar, como a câmera que registrou o primeiro pouso na Lua e o disco memorial deixado por Neil Armstrong e Buzz Aldrin durante a missão Apollo 11. 

O disco, que contém mensagens de líderes de 73 países, é apenas um dos artefatos valiosos que estão em risco devido à falta de regulamentação e cuidado na exploração do satélite.

A Lua abriga mais de 90 sítios históricos, entre eles o local de pouso da Apollo 11, conhecido como Base da Tranquilidade. Lá, onde os primeiros astronautas caminharam na superfície lunar, estão registrados mais de cem artefatos, incluindo equipamentos e bandeiras. A WMF também aponta outros locais históricos, marcados por espaçonaves que fizeram contato com a superfície lunar.

A inclusão da Lua na lista de locais ameaçados pela ação humana levanta questões sobre a necessidade de uma abordagem mais consciente na exploração espacial.

A organização, que busca sensibilizar para a proteção do patrimônio global, sugere que a nova era da exploração lunar e espacial exige uma reflexão sobre o impacto dessa atividade no legado cultural e histórico do nosso planeta.

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