Rodoviária de Araguari passa a funcionar provisoriamente em posto na BR-050
Laudo técnico apontou risco estrutural grave no prédio, que ficará fechado por pelo menos três meses; passageiros reclamam de falta de informações sobre o novo local
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A rotina dos passageiros que utilizam o transporte interestadual em Araguari mudou de forma brusca desde a última sexta-feira (19). As operações de embarque e desembarque da Rodoviária Tancredo de Almeida Neves foram transferidas provisoriamente para o Posto Mineirão, localizado às margens da BR-050. O local fica a cerca de 9 km da rodoviária original e pode ser acessado pela MGC-223 e, em seguida, pela própria BR-050. Já a venda de passagens não foi definida para qual local irá.
O imóvel foi interditado após um relatório técnico apontar risco de desabamento na estrutura do prédio. As empresas e os comerciantes tem até as 12h desta segunda-feira para a retirada dos móveis.

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O laudo identificou deslocamentos excessivos, danos em pilares de sustentação, cobertura e pisos, além da ausência de projeto de prevenção contra incêndio e pânico aprovado. Segundo a Defesa Civil, a medida é preventiva e visa garantir a segurança de usuários e trabalhadores. “Há risco real de colapso, principalmente em uma das vigas principais. Caso continuasse funcionando, o perigo seria iminente”, alertou o tenente Lucenildo Batista.

Passageiros tem dificuldade com novo local
Apesar da alternativa, passageiros têm reclamado da falta de informações e da dificuldade de chegar ao novo ponto de embarque. Nossa equipe esteve no posto e encontrou viajantes desorientados e funcionários tentando se organizar para a mudança. “Estamos perdidos, ninguém sabe orientar direito. Achei que a rodoviária já estivesse funcionando normalmente”, disse a aposentada Jussara Rodrigues.
Desafios para empresas e usuários
Representantes das viações que operam no município também relatam que tiveram de fazer a transferência dos guichês por conta própria, sem apoio logístico da Prefeitura de Araguari. Muitos ainda questionam se haverá outro espaço mais adequado para atender funcionários e passageiros enquanto durarem as obras de recuperação do terminal, previstas pera três meses.
Interdição deve durar três meses
De acordo com o decreto publicado no Diário Oficial, a interdição está prevista para durar ao menos três meses. Durante esse período, a Prefeitura afirma que será elaborado o projeto de reforma da estrutura, incluindo reforço nos pilares e correções no telhado para evitar riscos futuros.
Enquanto isso, o prédio segue isolado e sob vigilância 24 horas por dia. A Defesa Civil acompanha a retirada de móveis, produtos e equipamentos do local, em um prazo de 48 horas dado às empresas e comerciantes que atuavam na rodoviária.