Defesa Civil libera apartamentos para reforma após explosão em Uberlândia

Quinze apartamentos do Condomínio Colinas do Sul, no bairro Shopping Park, onde uma explosão causada por vazamento de gás deixou uma vítima fatal, foram liberados pela Defesa Civil para início das reformas. No entanto, nenhuma das unidades está autorizada para moradia. O apartamento onde vivia Danielle Silvestre, que morreu no dia 3 de outubro, permanece totalmente interditado.

Apesar da autorização para retirada de escombros e reparos, as obras ainda não começaram. Segundo a síndica do condomínio, que não quis ser identificada, o prédio aguarda a conclusão do laudo técnico de engenharia para garantir a segurança da estrutura. “Preciso de um laudo conclusivo do engenheiro para fazer os testes. A Defesa Civil liberou para reforma, mas sem testes nas paredes, como foi exigido. Não tem como iniciar as obras dessa forma. E se começarem a retirar materiais e houver um problema estrutural no apartamento de baixo?”, questiona a síndica. Hoje, os moradores completam 20 dias fora de casa, ainda sem previsão de retorno.

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Segundo o capitão da Defesa Civil, João Batista Afonso, a Defesa Civil já realizou a vistoria técnica e não há risco de colapso no prédio. Já foi realizado o escoramento preventivo da estrutura, e agora estão aguardando o projeto de intervenção que será feito pelo engenheiro responsável.

O capitão também informou que orientou a síndica a organizar uma escala de reformas, de modo que os apartamentos sejam reformados um de cada vez. O bloco, que possui 16 unidades, precisará passar por uma reforma estrutural nas redes elétrica, hidráulica e de gás.

Reforma depende de perícia

A síndica informou que acionou a seguradora contratada pelo condomínio, mas ainda não se sabe se a empresa irá arcar com todos os custos das reformas. Segundo ela, o seguro aguarda o envio de alguns documentos, como o laudo pericial e o laudo do engenheiro, para informar o condomínio sobre os custos. A síndica também informou que irá convocar uma assembleia-geral para informar aos moradores sobre a atual situação e discutirem sobre orçamento.

O Corpo de Bombeiros iniciou a perícia no local para identificar a origem do vazamento de gás. Segundo o tenente João Marcos Barros, ainda não há uma data para a conclusão do laudo da perícia.

A explosão em Uberlândia

O acidente aconteceu no dia 16 de setembro devido um vazamento de gás. A explosão, que destruiu o apartamento de Danielle Silvestre, arrancou parte do teto do imóvel e causou danos em quase todas as unidades do bloco. A força da explosão levou à interdição completa do prédio, obrigando os moradores a deixarem os apartamentos sem prazo para retorno.

De acordo com a Defesa Civil, móveis, roupas, alimentos e eletrodomésticos do apartamento da vítima foram totalmente consumidos pelas chamas. Laudos de vistoria do Corpo de Bombeiros e de estanqueidade da rede de gás do condomínio estavam em dia, segundo o órgão.

Na ocasião do acidente, moradores chegaram a receber um aviso sobre o vazamento cerca de 45 minutos antes da explosão. No entanto, Danielle não chegou a visualizar a mensagem. Após o impacto, vizinhos prestaram os primeiros socorros e a levaram até a UAI São Jorge. Em seguida, ela foi transferida em estado crítico para o HC-UFU, onde permaneceu internada até não resistir às complicações.

A morte de Danielle Silvestre

Danielle Silvestre, de 22 anos, faleceu no fim da tarde da última sexta-feira (3). A jovem, que teve 90% do corpo queimado após a explosão seguida de incêndio no apartamento onde morava, morreu às 16h55 no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), onde estava internada em estado grave havia 17 dias.

A família da jovem preferiu não dar entrevistas, mas afirmaram que os conforta saber que Danielle Silvestre finalmente poderá descansar. Um vazamento de gás causou a explosão que destruiu o apartamento da vítima. Parte do teto do imóvel foi arrancada e o incidente causou danos em quase todas as unidades do bloco.