Artilheiro e estrela do avô, Kauã Elias mira seleção brasileira: “Meu maior sonho”
Promessa do Fluminense, jovem de Uberlândia revela como o avô José Elias foi essencial em sua trajetória no futebol
A trajetória de Kauã Elias, promessa do Fluminense, não seria a mesma sem o avô José Elias, a quem o jovem se refere como “meu maior ídolo”. Nascido e criado em Uberlândia, o jovem, que carrega no peito o orgulho de representar sua família e sua cidade, encontrou no futebol não apenas um caminho para o sucesso, mas uma verdadeira missão de vida.

Em entrevista ao Paranaíba Mais, Kauã conta que tudo começou muito antes dos campos do Rio de Janeiro. Ele era apenas um menino de Uberlândia, nascido no coração do Triângulo Mineiro, quando teve o primeiro contato com a bola. Mas não foi qualquer bola – era uma bola dada pelo seu avô, José Elias, que estava convicto do futuro do neto: “O Espírito Santo me falou que ele seria jogador de futebol”, lembra José.
Com apenas um ano e dois meses, Kauã acertou três chutes consecutivos com uma precisão impressionante. Ali, começou a se desenhar o destino de Kauã Elias, o “máximo”, como o chama carinhosamente o avô.
Desde então, José Elias se tornou o maior incentivador de Kauã, e não apenas nos gramados: a relação entre avô e neto foi se fortalecendo com gestos simples, mas carregados de significado:
“Eu sou o máximo dele, e ele é o meu máximo”, conta José. “Então, eu o batizei como meu máximo, e ele me batizou como o máximo dele. Todos os dias, eu mando uma mensagem para ele dizendo: ‘Você é meu máximo, o vovô te ama.’ E ele responde: ‘Oi, vô, você é meu máximo, eu também te amo’.”
Essa troca diária de mensagens se tornou um ritual que mantém o vínculo entre os dois, mesmo com a distância.

Começo da carreira no futebol
Aos seis anos, Kauã já dava seus primeiros passos na Escolinha do Corinthians em Uberlândia, onde mostrou seu talento precoce. Mas foi ao se transferir para a Escolinha do Flamengo, e depois para testes em outros clubes, que sua jornada tomou novos rumos. “Deus mandou ele para o Fluminense”, conta o avô, que levou Kauã ao clube carioca. Após dois dias de testes, a aprovação veio, e a mudança para o Rio de Janeiro em 2017 foi inevitável.
A saudade da família, das raízes, e as noites solitárias em um novo lugar foram difíceis: “Eu chorava muito, não conseguia me acostumar”, revelou Kauã, sobre os primeiros dias longe de casa.
Mas o tempo foi ajudando. Aos poucos, com muito esforço e dedicação, Kauã Elias começou a se integrar ao ambiente do Fluminense, fazendo amizades, superando as dificuldades do dia a dia e conquistando espaços no time. O que antes parecia ser um grande desafio, aos poucos se tornou uma trajetória de crescimento: “Aos poucos fui me acostumando, entendendo a importância do trabalho em equipe, da superação. E com isso, fui evoluindo no campo”, afirma.
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A virada para o profissional foi um marco na vida de Kauã Elias, mas nem tudo foi fácil. Em sua primeira temporada, ele lidou com as dificuldades naturais de um novato, mas a cada oportunidade, Kauã se mostrava mais forte e mais focado: “Não foi fácil, mas quando a gente tem o apoio da família, tudo se torna mais simples”, reconhece.
Mas, apesar do sucesso, o coração de Kauã Elias ainda pulsa forte pela sua família. A saudade, a distância e os momentos difíceis de estar longe dos seus entes queridos ainda são os maiores desafios: “A maior dificuldade é estar longe da minha família. É muito difícil, mas o futebol é a minha profissão e, por eles, faço tudo”, diz.
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Kauã Elias e a conexão especial com o avô
E o avô, José Elias, que sempre foi sua maior inspiração, não economiza palavras de carinho e orgulho ao falar sobre Kauã. Para ele, o neto é mais que um jogador, é uma promessa cumprida, um sonho realizado: “Ele é a minha maior alegria. Fui eu quem pediu a Deus que ele fosse um jogador de futebol, e ele está cumprindo esse destino. Hoje, ver meu neto jogando na seleção brasileira, no Fluminense, é algo indescritível”, afirma José Elias.
“O que eu mais quero é continuar com a minha carreira no Fluminense, mas sem perder de vista o meu maior sonho: jogar na seleção brasileira e, quem sabe, jogar na Europa. Mas, mais importante que isso, quero ser um homem de bem, ajudar minha família e retribuir todo o amor que recebi”, compartilha Kauã.
E, para o avô, José Elias, não importa onde a vida leve Kauã: “Aqui sempre será o lugar dele. Aqui é onde as memórias estão, onde tudo começou. Ele vai ter sempre um lugar para voltar”.