Adeus ao gênio do Clube da Esquina: famosos lamentam a morte de Lô Borges

Cantor e compositor mineiro morreu aos 73 anos, em Belo Horizonte; velório será aberto ao público no Palácio das Artes nesta terça-feira (4)

, em Uberlândia

-

Nas redes sociais, famosos lamentam a morte de Lô Borges, um dos maiores nomes da Música Popular Verdadeira. Lô Borges, cantor e compositor mineiro que ajudou a fundar o icônico Clube da Esquina, morreu na noite de domingo (2), aos 73 anos, em Belo Horizonte.

O artista estava internado desde meados de outubro, após um quadro de intoxicação medicamentosa, e morreu em decorrência de falência múltipla de órgãos. O velório será realizado nesta terça-feira (4), das 9h às 15h, no Foyer do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, e será aberto ao público.

Lô Borges tocando violão em show
Famosos lamentam a morte de Lô Borges, grande cantor e compositor da MPB – Crédito: Instagram/Reprodução

Reconhecido por transformar a paisagem sonora do país nos anos 1970, Lô Borges deixa uma obra que atravessa gerações. Ao lado de Milton Nascimento, compôs clássicos como O Trem Azul, Tudo Que Você Podia Ser e Clube da Esquina nº 2, canções que marcaram o movimento que projetou Minas Gerais no mapa da música mundial. O disco Clube da Esquina (1972) é considerado um dos maiores álbuns da história da MPB.

Famosos lamentam a morte de Lô Borges

Desde o anúncio da morte, amigos e admiradores têm prestado homenagens ao músico. Milton Nascimento, parceiro de décadas, publicou: “Lô Borges foi – e sempre será – uma das pessoas mais importantes da minha vida e da minha obra. O Brasil perde um dos artistas mais geniais e inventivos da sua história.”

Samuel Rosa, do Skank, disse estar “devastado” e lembrou que o mineiro foi seu maior parceiro na música. “Trata-se daqueles casos em que o fã tem a sorte de dividir o palco com seu ídolo. O legado de Lô é definitivo”, afirmou.

Rogério Flausino, vocalista do Jota Quest, descreveu o músico como “mestre, ídolo e inspiração eterna”.

O Cruzeiro, time de coração do cantor, também prestou tributo nas redes sociais: “Eternamente, Lô é do mundo, é Minas Gerais.”

Veja mais artistas que deram adeus ao gênio do Clube da esquina nas redes sociais

 

 

 

 

 

Uma vida dedicada à música

Nascido em 10 de janeiro de 1952, em Belo Horizonte, Salomão Borges Filho cresceu cercado por música. Era o sexto de 11 irmãos de uma família que respirava arte, entre eles, os também músicos Márcio, Marilton e Telo Borges. Aos 20 anos, já havia lançado dois discos fundamentais: Clube da Esquina e o seu primeiro álbum solo, conhecido como o “disco do tênis” por conta da capa icônica que exibia um par de tênis fotografado por Cafi.

×

Leia Mais

Lô foi o segundo integrante do Clube da Esquina a partir. O primeiro foi o compositor Fernando Brant, em 2015. Sua perda reacende o sentimento de gratidão e reverência a um grupo que redefiniu a música brasileira ao unir poesia, harmonia e liberdade criativa.

Legado que não se apaga

Com mais de 50 anos de carreira, Lô Borges deixa uma herança musical que ultrapassa fronteiras. Suas melodias, marcadas por simplicidade e lirismo, continuam a inspirar artistas de diferentes gerações. Entre girassóis, trens azuis e janelas laterais, o menino do tênis segue vivo, nas canções que ainda tocam o coração de quem aprendeu com ele que a música pode ser, ao mesmo tempo, mineira e universal.