Saiba quem são os jogadores investigados por fraude esportiva, além de Bruno Henrique
Outras operações já envolveram nomes como Lucas Paquetá, Bauermann e Nino Paraíba; Atacante do Flamengo e o irmão foram indiciados no esquema de apostas
O atacante do Flamengo, Bruno Henrique, foi indiciado pela Polícia Federal por supostamente ter forçado um cartão amarelo no Brasileirão em 2023. A situação teria acontecido em um jogo contra o Santos.
Conversas foram encontradas no celular do irmão do atacante e, apesar dos diálogos terem sido supostamente apagadas, foram identificados alguns que indicam o envolvimento de Bruno Henrique em um esquema para receber um cartão amarelo de forma intencional durante a partida contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro de 2023.
Bruno Henrique e seu irmão, Wander, foram indiciados por fraude esportiva, com base no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que pune quem manipula ou contribui para manipular o resultado de uma competição.
A pena prevista é de dois a seis anos de reclusão. Eles também respondem por estelionato, crime cuja pena varia de um a cinco anos de prisão.
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Relembre outros jogadores envolvidos
Lucas Paquetá
Lucas Paquetá foi acusado de quatro violações da Regra E5.1 da Federação Inglesa (FA), relacionadas à sua conduta em partidas pelo West Ham. As supostas infrações teriam ocorrido nos confrontos contra Leicester (12/11/2022), Aston Villa (12/03/2023), Leeds United (21/05/2023) e Bournemouth (12/08/2023).
Além dessas acusações, o jogador também enfrenta outras duas imputações. De acordo com o jornal britânico “The Sun”, Paquetá teria utilizado um segundo celular enquanto seu aparelho principal, solicitado pela FA, estava sob custódia da entidade. Após a devolução, ele teria descartado o dispositivo reserva — o que pode ser interpretado como tentativa de obstrução da investigação.
Eduardo Bauermann
O zagueiro Eduardo Bauermann foi afastado das atividades do Santos após ser citado na Operação Penalidade Máxima, que investigava manipulação de resultados em jogos das Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022 e nos Estaduais de 2023.
De acordo com o Ministério Público, Bauermann teria recebido R$ 50 mil para levar um cartão amarelo no empate entre Santos e Avaí, pelo Brasileirão de 2022.
Nino Paraíba
Antes de defender o Paysandu, Nino estava emprestado pelo Ceará ao América-MG, da Série A. No entanto, diante das suspeitas de envolvimento em um esquema de manipulação de resultados enquanto atuava pelo Vozão, ele acabou rescindindo contrato com os dois clubes.
Durante as investigações conduzidas pelo Ministério Público de Goiás, o jogador admitiu ter recebido dinheiro para forçar três cartões amarelos em partidas distintas. Em troca da colaboração com as autoridades, Nino fez um acordo para não ser denunciado criminalmente, prestando depoimento como testemunha.
Apesar disso, foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com 720 dias de suspensão e multa de R$ 100 mil.
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Luiz Henrique
As autoridades da Espanha foram informadas em novembro de 2023, pelo Ministério Público de Goiás, sobre uma possível ligação do jogador Luiz Henrique com Bruno Lopez de Moura — jogador de futsal e empresário apontado como líder da quadrilha investigada na Operação Penalidade Máxima, que apura manipulação de resultados no futebol brasileiro.
Segundo o MP-GO, Moura atuava como intermediário entre apostadores e atletas, que recebiam dinheiro para forçar situações específicas em campo, como cartões amarelos. Nas duas primeiras fases da investigação, 15 jogadores foram denunciados.
Em julho de 2024, as autoridades espanholas solicitaram ao Ministério da Justiça do país autorização para ouvir Luiz Henrique. O pedido foi aceito e encaminhado oficialmente, com o processo tramitando pelo Departamento de Cooperação Jurídica Internacional, responsável por intermediar ações entre os sistemas judiciais do Brasil e da Espanha.
Vitor Mendes
O nome do zagueiro Vitor Mendes aparece em conversas por WhatsApp que indicam o recebimento de dinheiro para levar um cartão amarelo quando atuava pelo Juventude, na partida contra o Fortaleza, válida pela 27ª rodada do Brasileirão de 2022.
Segundo o Ministério Público de Goiás, ele teria aceitado R$ 35 mil dos apostadores para forçar a advertência — que, de fato, ocorreu. O Ministério Píblico também obteve um comprovante de transferência via PIX no valor de R$ 5 mil, feita em 21 de outubro pela empresa “BC Sports Management”, cujo sócio é Bruno Lopez, preso preventivamente e apontado como um dos líderes da quadrilha.
