Governo brasileiro repudia fala racista do presidente da Conmebol

Nota oficial critica declaração de Alejandro Domínguez e cobra medidas mais eficazes contra o racismo no futebol sul-americano

, em Uberlândia

O governo brasileiro, através de uma nota, repudiou a fala do presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Alejandro Domínguez. A nota foi publicada no fim da tarde desta segunda-feira (18) no site do Governo Federal.

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Presidente da entidade usou analogia racista ao falar sobre a participação dos times brasileiros na Libertadores – Crédito: Reprodução/ Instagram
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A fala de Alejandro Domínguez

Após o sorteio da Libertadores 2025, o presidente foi questionado sobre uma possível saída dos times brasileiros da competição após o caso de racismo contra os jogadores e times brasileiros.

Como resposta, o dirigente afirmou que não conseguia imaginar a Libertadores sem os clubes brasileiros. No entanto, ao fazer uma analogia, utilizou uma comparação com conotação racista ao associar os times do Brasil a uma macaca.

“Isso seria como Tarzan sem Chita. Impossível”, disse.

Confira a nota completa do governo

“O governo brasileiro repudia, nos mais fortes termos, as declarações do Presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Alejandro Dominguez, na noite de ontem, 17 de março, em entrevista à imprensa após cerimônia de sorteio da fase de grupos dos torneios promovidos por aquela entidade.

As declarações ocorrem em contexto em que as autoridades da Conmebol têm reiteradamente falhado em adotar providências efetivas para prevenir e evitar a repetição de atos de racismo em partidas por ela organizadas, incluindo medidas para combater a impunidade e promover a responsabilização dos responsáveis.

O governo brasileiro exorta a Conmebol e as Federações Nacionais de Futebol da América do Sul a atuarem decisivamente para coibir e reprimir atos de racismo, discriminação e intolerância, promover políticas de igualdade racial e compartilhar conhecimento e boas práticas para ampliar o acesso de pessoas afrodescendentes, imigrantes e outros grupos vulneráveis ao esporte.

O governo brasileiro reitera seu compromisso com iniciativas de combate ao racismo e de promoção da igualdade racial, inclusive medidas contra qualquer tipo de discriminação nas diferentes modalidades de esportes.”