Futebol raiz em Uberlândia: os bastidores da sobrevivência dos clubes
Mesmo com recursos limitados, dirigentes mantêm seus times ativos e mostram a força da base do futebol amador
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Em Uberlândia, o futebol amador segue vivo graças à determinação de dirigentes, atletas e torcedores que enfrentam desafios financeiros e estruturais para manter seus times na disputa da Divisão Especial do Campeonato Amador 2025.
Sem grandes investimentos e muita criatividade, esses clubes mostram a força da base do futebol local, onde a paixão pelo esporte supera as adversidades.
Criatividade para driblar a falta de recursos
Eduardo Alcântara, presidente do Unisport, descreve um cenário em que o comprometimento e o amor pelo esporte falam mais alto do que qualquer dificuldade:
“A gente tem muita dificuldade com apoio financeiro. Alguns amigos e empresas ajudam como podem. A gente faz copos, camisas, bonés para vender… Mas seguimos correndo atrás porque amamos isso. A motivação vem do amor pelo futebol amador da cidade.”

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Além da falta de recurso financeiro, as limitações estruturais, como logística e locais para treinamento, também fazem parte da rotina dos clubes. Carlos Alberto Dias, presidente da Sociedade Esportiva Guarani, destaca a importância de ações como rifas e eventos beneficentes para equilibrar as contas da equipe:
“O apoio financeiro é muito pouco e o patrocínio escasso. Aqui a gente não tem campo para treinar durante a semana e muitos jogadores vêm de fora. Ainda assim, conseguimos manter o time ativo com ajuda da torcida e de amigos que gostam do Guarani.”

Com 86 anos de história, a serem completados no próximo dia 6 de setembro, o Guarani é o único clube da cidade que nunca deixou de disputar uma temporada desde sua filiação à Liga Uberlandense. A trajetória do clube é um exemplo de como a tradição se mantém viva, mesmo com todos os obstáculos.
O futebol amador de Uberlândia segue como um dos mais fortes e organizados do país, contando com o envolvimento de centenas de atletas, dirigentes e torcedores em cada rodada. Por trás do uniforme, existem histórias de superação, voluntarismo e um amor incondicional pelo esporte que movimenta bairros, comunidades e gerações.