Do berço à arquibancada: pai transforma paixão pelo futebol em legado familiar

Arthur Costa, de 33 anos, compartilha com o filho Enzo o amor pelo futebol e pelo Flamengo mesmo vivendo na capital mineira

, em Uberlândia

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Mesmo a mais de 400 quilômetros do Maracanã, a paixão pelo futebol e pelo Flamengo atravessa gerações dentro da casa de Arthur Costa, de 33 anos, natural de Belo Horizonte. Inspirado pelo pai, flamenguista de Corumbá (MS), ele fez do amor pelo esporte uma herança transmitida ao filho Enzo, de apenas 7 anos.

Mesmo longe do Rio de Janeiro, onde está o clube do coração, a dupla constrói momentos juntos entre arquibancadas e jogos assistidos em casa: “Meu pai me ensinou desde cedo a paixão pelo esporte e sempre me mostrou seu fanatismo pelo Flamengo”, conta Costa.

Do berço à arquibancada: pai transforma paixão pelo futebol em legado familiar
Do berço à arquibancada, pai transforma paixão pelo futebol em legado familiar – Crédito:

Tradição rubro-negra em solo mineiro

Desde pequeno, Arthur Costa frequentava estádios na capital mineira. Ia a jogos do América-MG no Estádio Independência, influenciado pela família materna, e acompanhava partidas do Cruzeiro no Mineirão como espectador neutro: “Sempre fomos em setores tranquilos, apenas para apreciar a prática do esporte”, afirma.

Mesmo sem o Flamengo em campo, o futebol sempre teve lugar na vida da família. A paixão pelo futebol, segundo Arthur, foi cultivada não só pelas vitórias do time, mas pela convivência e o amor ao ambiente futebolístico.

O início da trajetória de Enzo

Agora, Costa vê o filho repetir seus passos. Enzo joga futsal, veste a camisa rubro-negra e compartilha com o pai o amor pelo clube carioca. Já assistiu a vários jogos do América-MG no Independência e também começou a construir suas próprias memórias nos estádios: “Trato o América como um amigo, e meu filho entende isso. Já foi a vários jogos com os primos e sobrinhos da família americana. E tá tudo certo”, diz Arthur.

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O encantamento com o Maracanã

A primeira grande experiência de Enzo como torcedor foi em 2022, na final da Copa do Brasil, no Maracanã: “Ficou maravilhado com tudo que viveu”, relembra o pai. Depois disso, foram outras duas partidas do Flamengo, uma contra o Cruzeiro no Independência, e outra, neste último domingo (4), no Mineirão.

A paixão pelo futebol, segundo Arthur, foi cultivada não só pelas vitórias do time
A paixão pelo futebol, segundo o flamenguista, foi cultivada não só pelas vitórias do time – Crédito: Reprodução/CRF

Mesmo com a derrota, o menino não se abalou: “Ele vive o futebol de maneira inocente, como qualquer criança pode viver. Fico feliz em vê-lo aceitar a derrota de forma tranquila. Confesso que eu deveria aprender isso com ele, porque eu realmente fico bravo com a derrota”, completa.

Gabigol e o brilho nos olhos

No jogo mais recente, mesmo com o revés, Enzo sorrisou com o gol de Gabigol — seu grande ídolo: “O Gabigol marcou demais a pequena vida dele como torcedor e eu respeito isso. Não pretendo influenciá-lo contra essa admiração”, diz o pai.

Arthur e o filho
A paixão pelo futebol ecoa na família Costa – Crédito: Reprodução/CRF

Arthur acredita que novas idas ao Mineirão devem acontecer, mesmo sem o Flamengo em campo: “Vendo o Arthur do passado no Enzo do presente, não vou recusar esse pedido, caso ele aconteça.”

Lições de pai, ensinamentos de filho

Para Arthur, ver o filho desenvolver uma relação própria com o Flamengo e com o futebol é mais do que especial. É a continuidade de uma história familiar: “Vê-lo gostar de futebol, amar o Flamengo desde cedo e viver o esporte de um jeito tão puro é uma das minhas conquistas como pai e um dos meus maiores aprendizados como filho.”

A cada jogo, Enzo vai aprendendo que futebol não é só bola na rede — é tempo junto, é história contada no caminho pro estádio, é camisa vestida com orgulho. E Arthur, ao olhar pro filho vibrando com o Flamengo, reencontra o menino que um dia foi.