Árbitros de MG: conheça 5 nomes que se destacaram no futebol brasileiro
No Dia do Árbitro, conheça alguns profissionais que representam MG e deixaram sua marca na arbitragem mundial e do Brasil
O Dia do Árbitro, celebrado em 11 de setembro, é uma oportunidade para valorizar profissionais essenciais no futebol, muitas vezes pouco reconhecidos, que mantêm a ordem e aplicam as regras dentro de campo. A carreira de árbitro exige preparo físico e conhecimento técnico, além da capacidade de lidar com decisões difíceis sob pressão de jogadores, mídia e, principalmente, dos torcedores.

Para compreender a importância desses profissionais, é preciso olhar também para a história da arbitragem, suas origens, as mudanças nas regras e as inovações tecnológicas que moldaram o futebol moderno. Uma trajetória que mostra como os árbitros evoluíram para acompanhar o ritmo e os desafios do esporte.
A origem e evolução da arbitragem no futebol
A arbitragem no futebol começou a se organizar formalmente no século XIX, quando as primeiras regras oficiais foram criadas pela Football Association, na Inglaterra, em 1863. Antes disso, os jogos eram conduzidos pelos próprios capitães de cada time, que resolviam as disputas dentro de campo.
Com o tempo, passou a existir um árbitro central com autoridade para tomar decisões e dois assistentes laterais. O apito, introduzido em 1878, tornou-se ferramenta essencial para sinalizar faltas e reinícios de jogo.
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Regras fundamentais também evoluíram ao longo do tempo. O impedimento já constava das leis originais de 1863, mas sua interpretação foi ajustada para impedir que atacantes ficassem posicionados próximos do gol à espera da bola. Os cartões amarelo e vermelho surgiram na Copa do Mundo de 1970, sugeridos pelo árbitro Ken Aston, para comunicar advertências e expulsões de forma visual e clara.
Com o avanço tecnológico, novas ferramentas transformaram a arbitragem: o chip nas bolas auxilia na marcação precisa de gols, e o VAR (árbitro assistente de vídeo), implementado oficialmente em 2016 e usado pela primeira vez na Copa do Mundo de 2018, permite revisar lances polêmicos. A comunicação por rádio, as câmeras de linha de gol e os sistemas de replay instantâneo são outras inovações que complementam o trabalho do árbitro moderno.
Dia do Árbitro em Minas Gerais
Minas Gerais, além de revelar grandes jogadores e técnicos, também formou árbitros que participaram de decisões históricas, finais de campeonatos e até de Copas do Mundo.
Para comemorar o Dia do Árbitro, o Paranaíba Mais separou cinco nomes que se destacaram no cenário nacional e internacional e representaram o estado mundo afora. Confira!
1) Alício Pena Júnior
Natural de São Gotardo, Alício Pena Júnior iniciou sua carreira na arbitragem em 1991 e integrou o quadro da FIFA entre 2003 e 2009, apitando a final da Copa do Brasil de 2008.
Com experiência consolidada, passou a ocupar cargos de liderança na Comissão de Árbitros da CBF, tornando-se presidente da Escola Nacional de Árbitros de Futebol (ENAF) e chegando a assumir interinamente a presidência da Comissão em 2021. Ao longo da carreira, participou de diversos campeonatos importantes e contribuiu para a formação de novos árbitros em Minas Gerais e no Brasil.
2) Márcio Rezende de Freitas
De Coronel Fabriciano, Márcio Rezende de Freitas comandou mais de 1.100 partidas entre 1980 e 2005, incluindo jogos da Copa do Mundo de 1998 e dos Jogos Olímpicos de 1992.
Reconhecido por sua longa trajetória no futebol nacional, Márcio também atuou em finais de campeonatos importantes, como o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil.
Após deixar os gramados, seguiu como comentarista de arbitragem, compartilhando sua experiência e contribuindo para a análise das decisões dentro de campo.
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3) Sandro Meira Ricci
Natural de Poços de Caldas, Sandro Meira Ricci apitou duas Copas do Mundo (2014 e 2018) e os Jogos Olímpicos de 2016, além de finais da Libertadores e do Mundial de Clubes.
Sua carreira inclui ainda decisões de campeonatos nacionais importantes, como o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil.
Após a aposentadoria, Sandro tornou-se analista de arbitragem, mantendo seu papel na evolução da profissão e na formação de novos árbitros.

4) Ricardo Marques Ribeiro
Belo-horizontino, Ricardo Marques Ribeiro esteve no quadro da FIFA entre 2009 e 2019 e comandou partidas decisivas, como a final da Copa do Brasil de 2009. Ao longo da carreira, Ricardo também se envolveu em lances polêmicos, que evidenciam a pressão enfrentada pelos árbitros em grandes competições.
Hoje integra a Comissão de Arbitragem da CBF e atua na preparação de novos profissionais, transmitindo sua experiência e conhecimento técnico.
5) Andreza Helena de Siqueira
Natural de Belo Horizonte, Andreza Helena de Siqueira ingressou na arbitragem em 2017 e, em 2019, passou ao quadro da CBF. Em 2021, apitou a final da Segunda Divisão do Campeonato Mineiro, tornando-se a primeira mulher a comandar uma decisão masculina profissional no estado.
No ano seguinte, passou ao quadro internacional da FIFA e atua em torneios nacionais e internacionais, reforçando a representatividade feminina e inspirando novas gerações de árbitras.