Após desistir da candidatura à CBF, Ronaldo nega desavença com Ednaldo Rodrigues

Fenômeno reforça que não tem rivalidade com o presidente da CBF, mas critica falta de abertura para mudanças

, em Uberlândia

-

Na noite desta segunda-feira (31), na estreia do programa “Galvão e Amigos”, o ex-jogador Ronaldo Fenômeno comentou sobre o atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues.

Ronaldo, que tinha interesse na candidatura à presidência da CBF, acabou desistindo da ideia, com isso, Ednaldo Rodrigues teve o caminho “facilitado” para sua reeleição.

📲 Siga o canal de notícias do Paranaíba Mais no WhatsApp

Ronaldo Fenômeno
Ronaldo desistiu de sua candidatura à CBF – Crédito: Thais Magalhães/CBF

Durante o bate-papo, Fenômeno negou qualquer desentendimento com Ednaldo Rodrigues:

“Quero dizer para o Ednaldo, muito abertamente, que ele não é meu inimigo e eu não sou o inimigo dele. O futebol brasileiro precisa recuperar o tempo perdido, mas precisa fazer coisas. Espero que ele possa realmente reconhecer que o futebol brasileiro é muito ruim e não só isso. A perspectiva de futuro é pior que a atual, não estamos preparando os treinadores e o futebol femininino. Vou continuar ajudando de outra forma, vigilante e disposto”, disse.

×

Leia Mais

Ronaldo Fenômeno na CBF

Foi em dezembro que o ex-jogador da Seleção Brasileira declarou publicamente seu interesse à candidatura, mas desistiu de sua candidatura no dia 12 de março, através de suas redes sociais, afirmando que não recebeu apoio das federações estaduais:

“Depois de declarar publicamente o meu desejo de me candidatar à presidência da CBF no próximo pleito, retiro aqui, oficialmente, a minha intenção. Se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa a minha opinião.

Conforme já havia dito, os meus primeiros passos seriam na direção de dar voz e espaço aos clubes, bem como escutar as federações em prol de melhorias nas competições e desenvolvimento do esporte em seus estados. A mudança necessária viria desse alinhamento estratégico, com a força da visão compartilhada.

No entanto, no meu primeiro contato com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo.

O estatuto concede às federações o voto de maior peso e, portanto, fica claro que não há como concorrer. A maior parte das lideranças estaduais apoia o presidente em exercício. É direito deles e eu respeito, independentemente das minhas convicções.

Agradeço a todos que demonstraram interesse na minha iniciativa e sigo acreditando que o caminho para a evolução do futebol brasileiro é, antes de mais nada, o diálogo, a transparência e a união”.