Veja quais são as religiões com mais adeptos no Triângulo, segundo o Censo do IBGE
Cidades do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba mostram diversidade religiosa, com variações marcantes entre católicos, evangélicos, espíritas e sem religião
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Dados do Censo Demográfico do IBGE (2022), divulgados nesta sexta-feira (6), mostram que a religiosidade nas cidades do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba é marcada por contrastes significativos. Embora o catolicismo ainda seja majoritário em todos os municípios, sua força varia bastante e, em algumas cidades, outras crenças ganham protagonismo.
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Uberaba, por exemplo, chama atenção pela alta concentração de espíritas, que representam 14,58% da população local — quase três vezes a média nacional. A cidade onde viveu Chico Xavier, ícone do espiritismo no Brasil, mantém uma das maiores proporções de espíritas do país, reflexo direto da influência do médium na cultura religiosa local.

Patos de Minas mantém o perfil mais tradicional, com 71,25% da população católica, uma das maiores proporções da região.
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Demais cidades
Uberlândia tem pouco menos da metade dos moradores vinculados ao catolicismo (48,49%) e uma fatia expressiva de evangélicos (28,54%). A cidade também lidera no número de pessoas sem religião (9,85%).
Já Ituiutaba apresenta um quadro mais equilibrado: 65,7% da população se declara católica e 20,04% evangélica. A presença espírita (4,69%) e de religiões afro-brasileiras (0,99%) também é superior à média nacional, indicando maior diversidade.
Araguari e Araxá têm cerca de 60% de católicos, mas com configurações distintas no segundo grupo mais numeroso: enquanto Araguari soma 29,04% de evangélicos, Araxá destaca-se com 6,93% de espíritas.
Em Patrocínio, 68,35% dos habitantes são católicos e 23,72% evangélicos. O índice de pessoas sem religião é relativamente baixo (3,8%), e a presença de outras religiões é mais discreta.
Religiões de matriz africana
A Umbanda e Candomblé, religiões de matriz africana, têm presença modesta, com destaque para Uberaba (2,89%) e Araxá (0,77%). Já as tradições indígenas aparecem de forma residual em todos os municípios, com registros inferiores a 0,05%.