Minas registra menor desemprego da história e Uberlândia acompanha queda
Estado fechou o segundo trimestre de 2025 com 4% de desocupação, o menor índice já registrado, enquanto Uberlândia se destaca com saldo positivo de 3.385 empregos formais
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A taxa de desemprego em Minas Gerais atingiu 4% no segundo trimestre de 2025, o menor patamar desde o início da série histórica do IBGE, iniciada em 2012, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (15). O resultado acompanha a tendência nacional, que registrou 5,8% de desocupação, também um recorde de baixa.
Além de Minas, outros 11 estados alcançaram mínimas históricas, como Espírito Santo (3,1%), Rio Grande do Sul (4,3%) e Santa Catarina (2,2%). No ranking geral, Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e Distrito Federal (8,7%) registraram as maiores taxas.

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Uberlândia puxa saldo positivo
No cenário mineiro, Uberlândia se destaca como um dos polos mais dinâmicos do mercado de trabalho. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o município criou 3.385 vagas com carteira assinada no primeiro semestre de 2025.

O desempenho foi impulsionado principalmente pelos setores de Serviços, que gerou 1.323 novas oportunidades, Comércio (672 vagas) e Construção Civil (557 vagas). Apenas em junho, o saldo positivo foi de 988 postos de trabalho.
Para a secretária municipal de Desenvolvimento Social, Kátia Guimarães, o resultado reflete políticas locais de qualificação e atração de investimentos. “Seguimos ampliando cursos gratuitos e investindo em infraestrutura para facilitar o acesso às oportunidades”, afirmou.
Impactos do desemprego e perspectivas
O cenário favorável em Minas e em Uberlândia contribui para o fortalecimento da economia local, mas também exige atenção. Segundo especialistas, o dinamismo do mercado de trabalho pode gerar pressão inflacionária, fator que influencia as decisões do Banco Central sobre a taxa básica de juros, atualmente em 15% ao ano.
Com a economia aquecida, o desafio é equilibrar a geração de empregos com a manutenção da estabilidade de preços, sem comprometer o ritmo de crescimento que Minas Gerais e Uberlândia vêm apresentando.