Em Minas Gerais, 500 trabalhadores estavam em situação de escravidão em 2024
Ministério do Trabalho e Emprego apontara mais de 2 mil pessoas submetidas a condições análogas à escravidão no ano passado no Brasil
Minas Gerais foi o Estado brasileiro com o maior número de pessoas resgatadas em situação análoga à escravidão em 2024. Foram 500 trabalhadores ao longo do ano. Números do Ministério do Trabalho e Emprego apontaram mais de 2 mil pessoas submetidas a condições degradantes no período no Brasil.
O Estado ainda teve a segunda maior quantidade de ações fiscalizatórias no ano passado. Houve 191 ações do tipo em São Paulo, 136 em Minas Gerais, 82 no Rio Grande do Sul, 42 no Paraná e 41 no Espírito Santo e no Rio de Janeiro.

São Paulo foi o segundo estado em número de pessoas resgatadas, 467 delas. Seguido de Bahia (198), Goiás (155), Pernambuco (137) e Mato Grosso do Sul (105).
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, o combate ao trabalho escravo, no ano passado, alcançou, 5.741 trabalhadores, incluindo aqueles cujos direitos, mesmo não caracterizados como situação de trabalho escravo contemporâneo, foram verificados e assegurados pela atuação dos auditores fiscais do trabalho.
As operações resultaram no pagamento de mais de R$ 7 milhões em verbas trabalhistas e rescisórias.
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Áreas
As áreas com maior número de trabalhadores resgatados foram construção de edifícios, com 293 deles, cultivo de café, com 214, cultivo de cebola, onde foram resgatadas 194 pessoas, serviço de preparação de terreno, cultivo e colheita, com 120 trabalhadores.
Os dados revelam crescimento no número de trabalhadores resgatados em áreas urbanas, que representaram 30% do total de trabalhadores em condições análogas à escravidão identificadas em 2024.
“Quando nós vamos ao campo de resgate das vítimas, a gente apoia, em conjunto com outras instituições, como o Ministério Público de Trabalho, o Ministério Federal, o Ministério Público Federal, a Defensoria Pública da União, a Polícia Rodoviária Federal”, explicou o coordenador-geral de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Análogo ao de Escravizador e Tráfico de Pessoas do ministério, André Esposito.
Direitos
Todo trabalhador resgatado por um auditor fiscal do trabalho tem, por lei, direito ao Seguro-Desemprego do Trabalhador Resgatado, pago em três parcelas no valor de um salário mínimo cada. O benefício, somado à garantia dos direitos trabalhistas cobrados dos empregadores, busca oferecer condições básicas para que o trabalhador possa recomeçar.
Com informações da Agência Brasil
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