Veja como mineira superou obstáculos e se tornou a juíza federal mais jovem do Brasil

Luísa Militão, natural de Inhapim (MG), enfrentou uma jornada intensa para conquistar uma vaga na magistratura federal, uma das carreiras jurídicas mais difíceis do país

, em Uberlândia

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Tornar-se juiz federal no Brasil é, para muitos, um sonho quase inalcançável, e a história de Luísa Militão Vicente Barroso, de apenas 26 anos, mostra exatamente o porquê. Natural de Inhapim, uma pequena cidade do interior de Minas Gerais, a jovem magistrada quebrou barreiras ao conquistar, com muita disciplina e superação, o título de juíza federal mais jovem do país.

O caminho até a magistratura federal é extremamente árduo. Para começar, exige-se formação em Direito e, no mínimo, três anos de prática jurídica comprovada. Depois, o candidato precisa enfrentar uma verdadeira maratona: provas objetivas, discursivas, prática de sentença, exame oral e avaliação de títulos.

Cada etapa é altamente exigente, testando não apenas o conhecimento jurídico, mas também a capacidade de argumentação, raciocínio lógico, controle emocional e conduta ética.

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Esse sonho só foi possível com muita dedicação e estudos. Crédito: Reprodução/ Redes Sociais

Concorrência acirrada e obstáculos pelo caminho

A dificuldade para se tornar juiz federal também passa pela concorrência: são milhares de candidatos altamente qualificados disputando pouquíssimas vagas. Além disso, o conteúdo exigido é vasto e técnico, abrangendo áreas como Direito Constitucional, Administrativo, Penal, Tributário e Internacional, entre outras. Não basta apenas saber: é preciso dominar.

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Nesse cenário desafiador, Luísa Militão se destacou por sua estratégia de preparação e perseverança. Crédito: Reprodução / Redes Sociais

Depois de se formar em Direito pela Universidade Federal de Viçosa em 2021, ela dividia seu tempo entre o trabalho na Promotoria de Justiça de Inhapim e os estudos para concursos. Rapidamente percebeu que a dedicação parcial não seria suficiente.

Determinada, deixou o trabalho fixo e passou a advogar apenas para cumprir o requisito de prática jurídica, enquanto se dedicava intensamente aos estudos. Montou uma rotina rigorosa: oito horas diárias de videoaulas, leituras, revisões e simulados, além de práticas regulares de exercícios físicos para manter a saúde mental e emocional, uma preparação digna de atletas de alta performance.

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Vitória após anos de disciplina e fé

Em 2025, aos 25 anos, Luísa viu seus esforços darem frutos: foi aprovada em três concursos públicos de alto nível: Ministério Público da Bahia, Defensoria Pública de Minas Gerais e Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). No TRF1, ela realizou seu maior sonho: tornar-se juíza federal substituta.

A conquista é ainda mais emblemática considerando que, para muitos, o concurso de juiz federal é visto como um dos mais difíceis de todo o serviço público brasileiro, exigindo anos de preparação intensiva e perfil emocional altamente preparado para lidar com a pressão. Nas redes sociais, a nova juíza publicou o momento em que tomou posse do cargo, veja:

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Exemplo para novas gerações

Hoje, vivendo em Vitória da Conquista (BA), Luísa Militão se torna inspiração para uma nova geração de jovens, especialmente mulheres, que sonham com uma carreira na magistratura. Sua história mostra que, mesmo diante dos maiores obstáculos, é possível chegar longe com planejamento, esforço contínuo e fé inabalável.

De uma cidade pequena de Minas Gerais ao posto de juíza federal mais jovem do Brasil, Luísa prova que, no caminho da conquista, o mais importante é não desistir, por mais difícil que pareça.