Entenda o que o MEC e a prefeitura vão fazer nas escolas de Uberaba após a morte de aluna

Programa Escola que Protege será implantado com ações de formação, visitas às escolas e articulação com instituições locais

, em Uberlândia

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Após a morte de uma aluna em sala de aula em Uberaba, na última semana, o Ministério da Educação (MEC) e a Secretaria Municipal de Educação (Semed) intensificaram esforços para promover ações de prevenção e enfrentamento à violência no ambiente escolar.

Representantes do MEC, em parceria com a gestão municipal, estão trabalhando em uma série de iniciativas que visam fortalecer a segurança e o bem-estar de estudantes, educadores e comunidades escolares em toda a cidade.

As ações fazem parte do Programa Escola que Protege, entenda como funcionará a atuação do Ministério na cidade nas próximas semanas.

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Representantes do Ministério da Educação se reuniram na Prefeitura para ação de combate à violência nas escolas – Crédito: PMU/ Reprodução

A ação surge em resposta a um episódio que chocou a comunidade escolar, buscando empenhar medidas emergências de assistência e também prevenir a violência nas escolas. Nesta segunda-feira (12), a secretária municipal de Educação, Juliana Petek, recebeu a coordenadora-geral de Acompanhamento e Combate à Violência nas Escolas, Thaís Dias Luz Borges Santos, do MEC, no gabinete da prefeita Elisa Araújo.

O encontro marcou o início de uma parceria estratégica que envolve a articulação entre as redes pública e privada de ensino, além de instituições como a Polícia Civil, o Conselho Tutelar e o governo estadual.

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A atuação do MEC é conduzida pelo Núcleo de Resposta e Reconstrução de Comunidades Escolares em Casos de Violência Extrema (NRRCE), vinculado à Coordenação-Geral de Acompanhamento e Combate à Violência nas Escolas (CGAVE), da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi).

O núcleo trabalha em conjunto com o Programa Escola que Protege, uma política nacional voltada à prevenção de violências no ambiente escolar, promovendo ações integradas e soluções duradouras.

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Ações planejadas pelo MEC em Uberaba

O plano de atuação do MEC em Uberaba será implementado em duas etapas principais, com foco na capacitação de profissionais e na intervenção direta nas escolas:

  1. Formação de educadores: nas próximas semanas, o MEC conduzirá uma formação voltada para profissionais da educação das redes pública e privada. A capacitação abordará estratégias de prevenção à violência, promoção de um ambiente escolar acolhedor e manejo de situações de crise.

    A iniciativa será estruturada para atender às especificidades de Uberaba, considerando as particularidades de cada unidade escolar, mas com uma visão integrada que englobe toda a cidade.

    O objetivo é equipar os educadores com ferramentas práticas para identificar e lidar com potenciais situações de risco, promovendo a proteção de crianças e adolescentes como uma responsabilidade coletiva.

  2. Ações nas unidades escolares: após a etapa de formação, o MEC e a Semed promoverão ações conjuntas em todas as escolas de Uberaba, visitando cada unidade individualmente.

    Essas intervenções incluem atividades de sensibilização, diálogo com as comunidades escolares e implementação de práticas que fortaleçam a cultura de paz e segurança.

    A abordagem será colaborativa, envolvendo diretores, professores, funcionários, estudantes e pais, com o intuito de reconstruir o ambiente escolar como um espaço seguro e inclusivo.

Articulação interinstitucional

A atuação em Uberaba é marcada por uma forte articulação entre diferentes órgãos e instituições. Desde a última sexta-feira (9), a Semed e o MEC iniciaram discussões com 25 representantes de 11 instituições, incluindo secretarias municipais, órgãos da Justiça, Polícia Civil, Conselho Tutelar e representantes do governo estadual.

Essas reuniões, inicialmente realizadas online, abordaram estratégias de acolhimento, apuração do ocorrido e reconstrução do ambiente escolar.

A abordagem em rede permite não apenas responder à tragédia, mas também construir soluções estruturantes que previnam novos casos, promovendo um ambiente escolar mais seguro e acolhedor a longo prazo.