Selic: taxa básica de juros pode fechar a 12% ao ano 

Comitê do Banco Central decide hoje em quanto vai elevar a taxa básica de juros

, em Uberlândia

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A taxa básica de juros, a taxa Selic, pode aumentar para 12% ao ano, segundo as estimativas do mercado. Nesta quarta-feira (11), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) define o aumento pressionado pela alta do dólar e da inflação dos alimentos.

Selic Banco Central
Taxa básica de juros vai ser elevada pelo BC pela terceira vez consecutiva – Crédito: TV Paranaíba/Reprodução

Essa é a última reunião do ano e está sendo comandada pelo presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto no BC.

Segundo o último boletim Focus, pesquisa semanal do BC com a análise do mercado, a taxa básica de juros deve subir 0,75 ponto percentual nesta reunião.

Histórico da taxa básica de juros

Após passar um período de doze meses em 13,75% ao ano, entre agosto de 2021 e agosto de 2022, a taxa básica de juros teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto, entre agosto do ano passado e maio deste ano.

Nas reuniões do Copom, de junho e julho, o comitê decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano, no menor nível desde fevereiro de 2022. No entanto, passou a acumular aumentos consecutivos e, atualmente, se encontra no patamar de 11,25% ao ano.

Os impactos na taxa Selic na economia

Selic é a sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia, uma infraestrutura federal onde são depositados e transacionados títulos públicos federais.

Isso significa que a taxa Selic se trata de um indicador econômico usado como base para as operações que envolvam títulos públicos federais.

Por ela ser uma taxa básica da economia, e a menor para incidência de juros, a partir dela podem ser criadas outras taxas de juros praticadas pelas empresas e, especialmente, instituições financeiras durante as operações de crédito.

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Taxa Selic
Selic vai aumentar pela 3ª vez consecutiva com a última reunião do Copom – Foto: Freepik

Entre os principais impactos da taxa Selic na economia podemos destacar:

  • Empréstimos e financiamentos: quando a Selic sobe, o custo das operações de crédito tende a subir também, desestimulando o consumo e o endividamento. Por outro lado, quando a Selic cai, o crédito fica mais barato para impulsionar o consumo e a adesão aos empréstimos financeiros.
  • Investimentos: a taxa Selic também afeta diretamente o retorno de investimentos de renda fixa, como CDBs e Tesouro Direto. Isso porque quando a taxa está alta, esses investimentos oferecem melhores retornos aos investimentos.
  • Inflação: esse, sem dúvidas, é o impacto mais direto na economia e para o bolso do consumidor. Uma das principais razões para o ajuste da Selic é controlar a inflação. Se os preços dos produtos estão em alta, a Selic pode ser elevada para encarecer o crédito e diminuir a demanda, para conter o aumento dos preços. Com a inflação controlada, o Banco Central pode reduzir a Selic para estimular mais a economia.

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