Presos do Triângulo Mineiro produzem 1 milhão de absorventes e fraldas
Programa beneficia sistema prisional e comunidades vulneráveis, com fábricas em Patrocínio, Tupaciguara, Ituiutaba e outras unidades do estado
Presos do Triângulo Mineiro que participam do Programa Liberdade em Ciclos, responsável pela produção de absorventes e fraldas, alcançaram a marca de 1 milhão de unidades produzidas. A iniciativa beneficia tanto o sistema prisional quanto comunidades em situação de vulnerabilidade social, mantendo fábricas em diversas unidades do estado, incluindo o Presídio de Patrocínio, a Penitenciária de Tupaciguara e o Presídio de Ituiutaba, além do Complexo Feminino Estevão Pinto e outras penitenciárias como Nelson Hungria, Teófilo Otoni e Alfenas.

Impacto social e doações
Toda a produção atende integralmente o sistema prisional, enquanto o excedente é destinado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) para doação a escolas, ONGs, asilos e associações.
Recentemente, o Presídio de Ituiutaba doou 3,6 mil fraldas ao Lar Obras Sociais Adolfo Bezerra de Menezes. Outras doações beneficiaram vítimas de enchentes no Rio Grande do Sul, além de entidades de diversas regiões mineiras.
Expansão do programa
Criado em 2021 durante a pandemia, após a produção de 8,7 milhões de máscaras, o Liberdade em Ciclos revelou o potencial do trabalho prisional para atender demandas sociais. Desde 2022, a produção de absorventes e fraldas superou desafios técnicos, como a falta de máquinas, com adaptações e validação dos produtos por usuárias.
A meta para 2025 é abrir 23 novas oficinas, ampliando a presença do programa em todo o estado, incluindo unidades da região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.
Leia Mais
Ressocialização e economia
Segundo Rogério Greco, gestor do programa, os resultados, como 1 milhão de unidades fabricadas, mostram que o trabalho é o caminho real para reparar o mal causado e construir uma nova história.
Minas Gerais é o estado que mais emprega presos no Brasil, com 18,1 mil detentos em atividade laboral, incluindo os de Patrocínio, Tupaciguara e Ituiutaba, unindo capacitação, economia de recursos públicos e atendimento a pessoas em situação de vulnerabilidade social.