Preços das hortaliças em Uberlândia apresenta redução; veja o que abaixou

Produção elevada e clima favorável impulsionam redução nos valores de produtos como abobrinha, tomate e pimentão; batata-doce e quiabo fogem da curva e registram alta

, em Uberlândia

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Os preços das hortaliças em Uberlândia continuam em queda, acompanhando a tendência observada nos principais mercados atacadistas do país. De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e da Ceasaminas, os últimos 30 dias foram marcados por uma oferta elevada de produtos e estabilidade no abastecimento — fatores que contribuíram para a redução dos custos de itens como abobrinha, tomate e pimentão.

Para o consumidor, o cenário é favorável: os valores mais baixos no atacado podem refletir, nos próximos dias, em redução nos preços do varejo, especialmente em feiras livres e supermercados da cidade.

Preços das hortaliças em Uberlândia
Preço do pimentão e tomate caem e reforça cenário de estabilidade nas hortaliças em Uberlândia – Crédito: Freepik/Reprodução

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Preços das hortaliças em Uberlândia

De acordo com o levantamento da Ceasaminas, a abobrinha comum apresentou a maior redução entre as hortaliças, com queda de 40,5%, passando de R$ 5,76 para R$ 3,43 o quilo. O pimentão também registrou baixa significativa, com redução de 13,9%, custando atualmente R$ 6,71, ante R$ 7,79 há 30 dias. Já o repolho caiu 12,1%, saindo de R$ 1,32 para R$ 1,16 o quilo, enquanto o jilo apresentou recuo de 11,7%, passando de R$ 4,95 para R$ 4,37.

O chuchu também teve queda de 11,3%, custando agora R$ 4,02, ante R$ 4,53. Entre os produtos mais consumidos, o tomate Santa Cruz teve uma redução de 3,6% em relação ao mês anterior, custando atualmente R$ 2,70 o quilo, ante R$ 2,80,

“A oferta está maior e isso tem influenciado o grupo de hortaliças em geral. O consumidor é o mais beneficiado neste momento, mas o produtor enfrenta dificuldade, muitas vezes tirando apenas o custo de produção”, explicou Cláudio Rodrigues, gerente da Ceasa Uberlândia.

Cenário nacional tem reflexo no Triângulo 

O 10º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro, divulgado pela Conab, aponta que as quedas de preços observadas em Uberlândia seguem o mesmo comportamento registrado em outras Ceasas do país. Produtos como alface, batata, cebola, cenoura e tomate apresentaram retração média de até 16% nas cotações entre agosto e setembro, impulsionadas pela boa oferta e produtividade.

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Batata-doce e quiabo destoam da tendência

Apesar do cenário positivo para o consumidor, nem todos os produtos seguiram a tendência de queda. A batata-doce registrou aumento expressivo de 74,8%, passando de R$ 1,51 para R$ 2,64 o quilo, enquanto o quiabo subiu 34,6%, alcançando R$ 11,91 o quilo.

As folhosas, como alface, couve e rúcula, por outro lado, tiveram ligeira redução nos preços, resultado da boa colheita e da regularidade na produção local. Já o grupo de raízes e tubérculos, como mandioca e inhame, teve pequena elevação de valores, associada ao custo de transporte e colheita mais limitada.

Frutas apresentam comportamento misto

Entre as frutas, a banana prata e o mamão havaí apresentaram leve redução de 2,1% e 12,2%, respectivamente. Já o limão tahiti teve alta de 16,3%, reflexo da entressafra e da maior demanda com o aumento das temperaturas.“Com a chegada das chuvas, a tendência depende muito das condições climáticas. Caso a intensidade seja alta, pode afetar a produção e inverter esse movimento de queda”, avaliou Cláudio Rodrigues.

Nas frutas importadas, como maçã chilena e pera argentina, os preços permanecem sem grandes variações, acompanhando o câmbio e o fluxo normal de importações.