Pix bate recorde de transações e movimenta R$ 135 bilhões em 24h

O Sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central registrou um novo marco com 276,7 milhões de transferências

, em Uberlândia

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O comportamento financeiro do brasileiro mudou e o Pix está no centro dessa transformação. O Sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central registrou um novo marco com 276,7 milhões de transferências realizadas em apenas 24 horas, na última sexta-feira (6). Nunca antes tantos pagamentos digitais foram feitos em um só dia no Brasil.

Pix bate recorde de transações após anúncio da função automática de pagamentos
Pix bate recorde de transações após anúncio da função automática de pagamentos – Crédito: Bruno Peres/Agência Brasil/Reprodução

Embora o valor total movimentado R$ 135,6 bilhões não tenha batido o recorde absoluto, que segue com a marca de R$ 162,9 bilhões registrada em dezembro de 2024, o volume de transações mostra que o Pix se consolidou como a principal ferramenta de movimentação financeira do país, especialmente para operações cotidianas e de menor valor.

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Lançado em novembro de 2020, o sistema já soma mais de 175 milhões de usuários, sendo a maioria pessoas físicas. De lá para cá, o Pix substituiu não só transferências bancárias tradicionais, como TEDs e DOCs, mas também começou a ocupar o espaço de pagamentos em dinheiro e até mesmo de cartões de débito.

O uso do Pix tem se expandido para diversas áreas da vida financeira do brasileiro: pagar o lanche, enviar dinheiro para um amigo, pagar contas de consumo, compras online e até mensalidades. Segundo o Banco Central, o sistema tem sido decisivo para incluir financeiramente milhões de pessoas, além de estimular a concorrência entre instituições financeiras.

Pix automático

Agora, com a chegada do Pix Automático, que será ativado em 16 de junho, a ferramenta entra em uma nova fase. A funcionalidade permitirá o agendamento recorrente de pagamentos, aproximando-se da lógica do débito automático, mas com menos burocracia para o consumidor e para as empresas.

A expectativa é que a novidade agilize o pagamento de contas como:

  • Água, luz e gás;

  • Escolas e universidades;

  • Mensalidades de academias;

  • Condomínios residenciais;

  • Parcelamentos e financiamentos.

Diferentemente do débito automático tradicional, que exige acordos diretos entre empresas e cada banco, o Pix Automático será mais flexível e universal, ampliando o alcance e reduzindo entraves operacionais.

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O Banco Central celebrou os números da última sexta e reforçou o papel do Pix como uma infraestrutura pública digital. “Os números são mais uma demonstração da importância do Pix para a promoção da inclusão financeira, da inovação e da concorrência”, afirmou a instituição em nota.

Em abril, os dados consolidados já apontavam para R$ 2,67 trilhões movimentados por meio do sistema, uma cifra que mostra como o Pix deixou de ser apenas uma alternativa prática e se transformou em uma ferramenta estratégica para a economia.

Novas regras para proteger o usuário

Na tentativa de conter a crescente onda de fraudes financeiras, o Banco Central publicou mudanças importantes no Mecanismo Especial de Devolução (MED), sistema que permite o reembolso de valores em casos de golpes ou transações equivocadas.

A partir de 1º de outubro de 2025, os usuários poderão solicitar devoluções diretamente pelos aplicativos bancários, sem depender de atendimentos telefônicos ou trâmites burocráticos.

A medida promete agilizar o processo e ampliar a proteção dos consumidores, em especial nos casos em que houver evidência clara de fraude.

Com isso, o MED ganha uma nova função: atuar de forma mais automatizada e transparente na resolução de conflitos, fortalecendo a confiança no uso do Pix para pagamentos cotidianos e empresariais.