O que muda com o novo decreto do sistema de vale-refeição e alimentação
Decreto assinado pelo presidente Lula vai dar maior liberdade de escolha e melhor aceitação dos cartões do sistema de vale-refeição e alimentação
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou um decreto que altera regras do sistema de vale-refeição e alimentação. A medida moderniza o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), visando ampliar a transparência, a concorrência e a integridade do setor.
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O decreto define limites de taxas, prazos de repasse, abertura de arranjos de pagamento e interoperabilidade entre bandeiras, atualizando o funcionamento do sistema. Segundo o Governo Federal, as mudanças beneficiam mais de 22 milhões de trabalhadores, que terão maior liberdade de escolha e melhor aceitação dos cartões.
Entre as atualizações, o decreto estabelece limites para taxas cobradas pelas operadoras. A taxa máxima dos estabelecimentos será de 3,6%, e a tarifa de intercâmbio terá teto de 2%, sendo proibida qualquer cobrança adicional. As empresas terão até 90 dias para se adequar às normas.
Confira outras mudanças:
- Interoperabilidade plena entre bandeiras: em até 360 dias, todo cartão deverá funcionar em qualquer maquininha de pagamento;
- Redução do prazo de repasse financeiro: o repasse aos estabelecimentos, que antes podia levar 30 dias ou mais, deverá ocorrer em até 15 dias corridos após a transação. A norma entra em vigor em até 90 dias;
- Abertura dos arranjos de pagamento: sistemas com mais de 500 mil trabalhadores deverão ser abertos em até 180 dias, de maneira que quaisquer facilitadoras que observarem as regras da bandeira poderão participar do arranjo.
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“É bom para os restaurantes grandes, pequenos e médios. É bom para as padarias grandes, pequenas e médias. É bom para quem vende hortifruti, ou seja, para quem vende fruta nesse Brasil inteiro. É no Brasil inteiro que estamos falando. Se é bom para todo mundo, é bom para o trabalhador também. E se é bom para o trabalhador, é bom para o Brasil, é bom para todos nós”, afirmou Lula sobre o decreto.
Segundo o Governo Federal, a mudança também prevê a proibição de práticas comerciais abusivas e garante o uso exclusivo do benefício para alimentação, proibindo o uso para outras finalidades, como academias, farmácias e planos de saúde.