Mulheres formadas recebem R$ 2,8 mil a menos que os homens em Uberlândia

A desigualdade salarial em Uberlândia, segundo dados do Censo Demográfico 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é mais grave entre aqueles que têm ensino superior completo. Os dados apontam que mulheres formadas recebem, em média, R$ 4.504,42, enquanto homens com a mesma qualificação recebem R$ 7.323,22, ou seja, as mulheres ganham apenas 61% do salário masculino, cerca de R$ 2.818,80 a menos. A realidade no município segue a mesma tendência observada em Minas Gerais e no Brasil.

Na média geral, considerando toda a população trabalhadora, o salário feminino é de R$ 2.692,21, enquanto o masculino atinge R$ 3.800,74, uma diferença de cerca de R$ 1.100.

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Ainda segundo o IBGE, em Minas Gerais, o cenário é semelhante, mulheres com ensino superior completo recebem, em média, R$ 4.591, enquanto os homens com a mesma formação têm salário médio de R$ 7.347, uma diferença de R$ 2.756, ou cerca de 37,5% a menos para elas. No panorama nacional, em 2022, mulheres formadas ganhavam em média R$ 4.591, contra R$ 7.347 dos homens com a mesma qualificação, mantendo a diferença de aproximadamente 37,5%.

Mulheres formadas recebem 61% do salário masculino em Uberlândia

Em Uberlândia, mulheres com ensino superior completo ganham, em média, R$ 2.818,80 a menos que os homens, recebendo cerca de 61% do salário masculino, segundo Censo 2022 do IBGE.

O levantamento aponta que Uberlândia contabiliza 72.598 mulheres com ensino superior, superando os 51.522 homens com o mesmo nível de formação. Apesar disso, a presença feminina no mercado de trabalho ainda é menor, 171.365 mulheres estão empregadas, contra 200.037 homens.

A pesquisa também destaca que o número de mulheres desempregadas na cidade é cerca de 44% maior que o de homens, totalizando 8.527 mulheres sem ocupação, enquanto 5.910 homens estão sem trabalho.

População feminina é maioria, mas enfrenta desafios

Em Uberlândia, a população com 14 anos ou mais é predominantemente feminina, 309.421 mulheres contra 281.090 homens aptos para o mercado de trabalho. No entanto, apesar da maioria, as mulheres continuam sendo minoria nos postos formais de emprego e enfrentam desigualdades salariais significativas.

O Censo aponta ainda que a população feminina é predominantemente jovem, e que a proporção entre homens e mulheres é de 93,15 homens para cada 100 mulheres, reforçando a importância de políticas públicas para ampliar a inserção e valorização da mulher no mercado profissional.

Uberlândia e o ranking salarial em Minas

Segundo o Panorama de Trabalho e Rendimento do Censo 2022, também do IBGE, Uberlândia ocupa o 26º lugar no ranking de média salarial em Minas Gerais, com R$ 3.272,40 como salário médio na época. O dado reforça que, embora seja um dos centros econômicos mais importantes do estado, a cidade ainda enfrenta desafios em termos de equidade salarial e distribuição de renda.

Desigualdade e os desafios para a equiparação

Fatores como discriminação de gênero, maternidade, segregação ocupacional e diferenças na progressão de carreira contribuem para que a mulher receba menos, mesmo quando possui a mesma qualificação. Além disso, setores da economia tradicionalmente dominados por homens apresentam salários mais altos, aumentando o gap salarial.

Especialistas evidenciam a necessidade de ações de conscientização, políticas de igualdade salarial e incentivo à inserção feminina em cargos de liderança, como forma de reduzir a disparidade e fortalecer a participação das mulheres no mercado de trabalho de Uberlândia.