Itaú faz demissões em massa e internet aponta inatividade no home office como motivo
Banco teria demitido mais de mil funcionários por passar 60% do tempo fora do computador, segundo usuários da internet; entenda o caso
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O banco Itaú realizou demissões em massa nesta segunda-feira (8), e a notícia rapidamente se espalhou pelas redes sociais. Diversos usuários relataram que o motivo dos desligamentos estaria diretamente ligado à inatividade no computador durante o expediente em home office.
De acordo com o site Metrópoles, o banco justificou os cortes como resultado de “problemas de aderência cultural e produtividade”. O Paranaíba Mais entrou em contato com o Itaú para obter um posicionamento oficial e aguarda retorno.
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Em plataformas como o X (antigo Twitter) e o LinkedIn, ex-funcionários alegaram que mais de mil pessoas foram demitidas com a mesma justificativa: ociosidade, com os trabalhadores passando cerca de 60% do tempo fora do computador.
O advogado Guilherme de Almeida Pereira, especialista em Direito Trabalhista Bancário, confirmou ao Paranaíba Mais que a justificativa do Itaú seria, de fato, a ociosidade no home office. “Eles mapearam por seis meses e chegaram à conclusão de que alguns funcionários estavam ociosos, e foi aí que fizeram as demissões”, explicou.
Vale ressaltar que o banco já havia passado por um processo de desligamentos em massa nos últimos meses. Segundo uma reportagem do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, publicada em agosto deste ano, o Itaú informou que, entre janeiro e julho de 2025, 4.475 funcionários foram demitidos e 5.389 foram admitidos. Contudo, 1.800 pessoas pediram demissão, resultando em um saldo negativo de 886 vagas.
Sindicato repudia demissões
Em nota, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região informou que repudia as demissões de funcionários no banco Itaú, nesta segunda-feira (8). A organização disse que irá intensificar os protestos contra as demissões. Confira um trecho do texto:
“Apenas no último semestre, o Itaú obteve lucro superior a R$ 22,6 bilhões, com rentabilidade em alta, consolidando-se como o maior banco do país em ativos. É inaceitável que uma instituição que registra lucros bilionários promova demissões em massa sob a justificativa de “produtividade”. Os avanços tecnológicos e os ganhos decorrentes da digitalização poderiam ser revertidos em melhores condições de trabalho e em emprego decente. No entanto, enquanto os trabalhadores são sacrificados, os acionistas seguem acumulando ganhos recordes.”
O sindicato também informou que seguirá cobrando a empresa de sua responsabilidade social, diálogo e compromisso com os trabalhadores.