Festa Junina aquece o mercado: produção de roupas para aluguel dispara antes mesmo de junho chegar
Costureiras em Uberlândia antecipam confecção de roupas típicas em função da procura já ter iniciado
Com o clima das festas juninas já no ar, o mercado de roupas típicas começa a aquecer antes mesmo das primeiras bandeirinhas serem penduradas. Em Uberlândia, as costureiras têm experimentado um aumento expressivo na procura por roupas juninas para aluguel, tanto para os tradicionais arraiás quanto para grupos de quadrilha profissional. As redes sociais se tornaram uma vitrine para quem deseja garantir o melhor figurino da temporada, e quem trabalha com costura já está com a tesoura a todo vapor.
A costureira Ulicélia Cardoso, que há 11 anos se dedica à confecção de trajes juninos, conta que os pedidos começaram cedo neste ano. “Tem muita gente me mandando foto pelo WhatsApp e Instagram para garantir o look. O tempo de confecção de cada peça varia conforme os detalhes, a peça mais simples é um dia, já aquelas mais detalhadas levam até três”, explica. O modelo mais pedido são os vestidos com laços trançados na cintura e saias bem volumosas. Segundo ela, aos vestidos são românticos, mas sem perder a essência caipira”, disse a profissional.
Além dos vestidos para festas escolares e eventos corporativos, a produção de figurinos para os grupos de quadrilha profissional também movimentan o setor. Meire Freitas, costureira com 40 anos de carreira, é a responsável pelas roupas da tradicional quadrilha Forrozarte. Ela afirma que começa a trabalhar nas peças em abril para conseguir dar conta da demanda. “Um figurino de dama, por exemplo, leva um bom tempo para ficar pronto. E cada grupo tem cerca de 30 casais. É um trabalho que exige dedicação”, diz Meire Freitas. Os figurinos, que variam de R$ 200 a R$ 300, são feitos sob medida e com riqueza de detalhes, de acordo com o tema escolhido pelo grupo junino.
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E não são só os costureiros que estão se preparando com antecedência. A bancária Vanessa Lima já alugou seu vestido típico para uma festa em junho. “Ano passado deixei para última hora e fiquei sem. Esse ano, garanti antes, quero estar linda no arraiá!”, contou a jovem. A antecipação da produção mostra que, mais do que uma tradição cultural, as festas juninas também movimentam a economia criativa, abrindo portas para pequenos empreendedores e reforçando a importância de se valorizar o feito à mão. Para quem ainda não escolheu o traje, é melhor se apressar: como diria o matuto, quem chega por último dança… sem figurino!
