Decisão sobre a volta do horário de verão deve sair nesta quarta-feira (16)
Reunião do ministro de Minas e Energia com o ONS analisa a viabilidade do retorno
Uma reunião do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, com representantes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), pode definir o retorno do horário de verão no Brasil.

Marcado para a tarde desta terça-feira (15), o encontro deve avaliar os dados mais recentes sobre a economia energética e o cenário hidrológico apresentados pela ONS. A expectativa é de que o anúncio seja publicado ainda nesta quarta-feira (16) pelo Ministério de Minas e Energia.
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Segundo Alexandre, a mudança só vai acontecer se for imprescindível: “Isso que estou fazendo é serenidade, equilíbrio, diálogo. Para que a gente só faça na imprescindibilidade. Se não for imprescindível, vamos esperar o período chuvoso”, disse o ministro.
Retorno do horário de verão aliviaria sobrecarga
Se aprovado, o retorno do horário de verão adiantaria o período do dia onde ocorre um maior consumo de energia: o início da noite. Dessa forma, a demanda seria distribuída entre as diferentes fontes de energia, deixando de sobrecarregar o sistema.
As fontes de energia solar dependem necessariamente da luz do sol. Já a energia eólica é gerada pela força do vento. Ambas não são produzidas nas 24h do dia, pois a geração de energia depende de fontes naturais que são disponibilizadas em períodos específicos do dia.

Períodos estes que não coincidem com o horário de pico no consumo das famílias brasileiras, que acaba sobrecarregando as usinas hidrelétricas. E com a falta de chuva, a reação em cadeia força a necessidade de acionar as usinas termoelétricas, que geram um custo muito maior na produção de energia.
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Horário de verão está suspenso desde 2019
O horário de verão no Brasil foi instituído pela primeira vez em 1931, no governo de Getúlio Vargas, porém passou a ser adotado de forma permanente a partir de 1985.
Em 2019, a medida foi suspensa durante o governo de Jair Bolsonaro. A decisão foi baseada em estudos que indicaram que a medida não estava mais gerando os benefícios esperados em termos de economia de energia elétrica.
O decreto presidencial 9.772 de 25 de abril de 2019, considerou que os avanços tecnológicos e o aumento do uso de ar-condicionado tornaram a medida ineficaz do ponto de vista energético.