Campos Neto fica à frente da última reunião do Copom no Banco Central
Diretoria vai definir aumento da taxa Selic ante a pressão inflacionária e alta do dólar
A última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central (BC) começou nesta terça-feira (10) e está sendo realizada sob o comando do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
A diretoria do BC tem o desafio de elevar a taxa básica de juros, a Selic, em razão da alta do dólar e dos preços dos alimentos. Conforme antecipado pelo boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa Selic deve subir 0,75 ponto percentual, para 12% ao ano.
Ou seja, a última reunião do Copom vai sacramentar a terceira elevação consecutiva da taxa Selic neste ano.

Última reunião do Copom
Conforme as informações divulgadas pela Agência Brasil, ainda em novembro, o Comitê sinalizou que a incerteza nos Estados Unidos se ampliou, ainda que não citasse diretamente a eleição de Donald Trump.
A última reunião do Copom finaliza nesta quarta-feira (11). O aumento da taxa Selic deve ser anunciado ao final do dia.
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Os impactos na taxa Selic na economia
Selic é a sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia, uma infraestrutura federal onde são depositados e transacionados títulos públicos federais.
Isso significa que a taxa Selic se trata de um indicador econômico usado como base para as operações que envolvam títulos públicos federais.
Por ela ser uma taxa básica da economia, e a menor para incidência de juros, a partir dela podem ser criadas outras taxas de juros praticadas pelas empresas e, especialmente, instituições financeiras durante as operações de crédito.
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Entre os principais impactos da taxa Selic na economia podemos destacar:
- Empréstimos e financiamentos: quando a Selic sobe, o custo das operações de crédito tende a subir também, desestimulando o consumo e o endividamento. Por outro lado, quando a Selic cai, o crédito fica mais barato para impulsionar o consumo e a adesão aos empréstimos financeiros.
- Investimentos: a taxa Selic também afeta diretamente o retorno de investimentos de renda fixa, como CDBs e Tesouro Direto. Isso porque quando a taxa está alta, esses investimentos oferecem melhores retornos aos investimentos.
- Inflação: esse, sem dúvidas, é o impacto mais direto na economia e para o bolso do consumidor. Uma das principais razões para o ajuste da Selic é controlar a inflação. Se os preços dos produtos estão em alta, a Selic pode ser elevada para encarecer o crédito e diminuir a demanda, para conter o aumento dos preços. Com a inflação controlada, o Banco Central pode reduzir a Selic para estimular mais a economia.