Bandeira vermelha entra em vigor e tarifa de energia terá cobrança extra; saiba o valor
O motivo da mudança é a redução no volume de chuvas e, consequentemente, na geração de energia pelas hidrelétricas
A conta de energia elétrica vai pesar mais no bolso dos brasileiros neste mês de junho. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária passará para vermelha, no patamar 1, o que significa uma cobrança extra de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos.

O motivo da mudança é a redução no volume de chuvas e, consequentemente, na geração de energia pelas hidrelétricas. Para suprir a demanda, será necessário acionar usinas termoelétricas, que têm custo de produção mais alto.
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Causa do aumento
Segundo a Aneel, a previsão do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) aponta afluências (volume de água nos reservatórios) abaixo da média em todo o país. Isso reduz a capacidade de geração das hidrelétricas, que são a principal fonte de energia do Brasil.
Com menos água nos reservatórios, é necessário recorrer às termoelétricas, que funcionam a partir da queima de combustíveis e geram energia mais cara e mais poluente.
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Como funciona o sistema de bandeiras
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 e tem a função de informar ao consumidor as condições de geração de energia e os custos associados. Ele funciona da seguinte forma:
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🟩 Bandeira verde – condições favoráveis, sem custo extra.
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🟨 Bandeira amarela – condições menos favoráveis, acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh.
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🟥 Bandeira vermelha patamar 1 – condições desfavoráveis, cobrança de R$ 4,46 a cada 100 kWh.
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🟥 Bandeira vermelha patamar 2 – condições muito críticas, com custo extra de R$ 7,87 a cada 100 kWh.
Aneel faz alerta
A Aneel reforça que o acionamento da bandeira vermelha também serve como alerta para o consumo consciente de energia, especialmente durante o período seco, quando a geração fica mais cara.
Entre as dicas para economizar estão: desligar aparelhos quando não estão em uso, reduzir o uso de ar-condicionado e aquecedores, aproveitar mais a luz natural e evitar o uso de equipamentos de alto consumo no horário de pico.
E se o cenário piorar?
Caso as condições climáticas permaneçam desfavoráveis nos próximos meses, existe a possibilidade de a tarifa subir ainda mais, passando para a bandeira vermelha patamar 2, o nível mais caro do sistema.