Aumento nos preços do material escolar impacta o orçamento das famílias em 2025
Inflação, custos de produção e frete elevam o valor dos itens escolares; Procon de Uberlândia orienta consumidores sobre estratégias para economizar e evitar gastos excessivos
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O valor do material escolar subiu em 2025, o que tem afetado o bolso daqueles que têm filhos. Um dos fatores no aumento do valor está relacionado a inflação. Para isso, pais têm buscado alternativas para que o impacto financeiro não seja tão grande. Segundo a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), o valor de alguns itens escolares pode apresentar aumento de até 50% devido a impostos.
Com o costume de sempre fazer orçamento antes de realizar a compra, Marlice Cristine percebeu que itens como mochila, caderno e folha sulfite estão mais caros. De acordo com ela, comprar online é uma maneira de economizar.
Pensando em auxiliar os pais e responsáveis a realizarem compras mais conscientes e evitar gastos desnecessários, a Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Uberlândia divulgou uma série de recomendações importantes.
O Órgão destaca que grupos de pais podem ser aliados importantes para economizar. Compartilhar informações sobre promoções e locais com preços mais acessíveis pode ajudar a reduzir os custos. Além disso, essas redes de colaboração podem alertar sobre estabelecimentos confiáveis.
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Com relação às compras pela internet, o Procon enfatiza a importância de observar os prazos de entrega. “Certifique-se de que os produtos chegarão a tempo para o início das aulas. Vale lembrar que, para compras realizadas online, a lei garante um prazo de até sete dias corridos para devoluções. Já em lojas físicas, não há obrigatoriedade legal de troca, embora muitos lojistas ofereçam essa possibilidade como cortesia. Certifique-se das políticas de troca antes de finalizar a compra”, indica a entidade por nota.
Aumento nos preços
A ABFIAE explica que o aumento do valor de material escolar está relacionado à inflação anual, ao aumento dos custos de produção e também de frete marítimo para importação. O dólar também tem influência. Em divulgação, a ABFIAE relatou que a associação “estima que o aumento previsto para os materiais escolares está entre 5% e 9%”.
Ainda de acordo com a entidade, o valor de alguns itens escolares pode apresentar aumento de até 50% devido a impostos.
Estratégias para consumidores
Papelarias estão adotando formas de aliviar o bolso das famílias sem perder as vendas.
“Estamos tentando buscar por fornecedores que tenha o valor mais em conta, buscando materiais que sejam de boa qualidade, porém, com valor mais acessível. Em compras no PIX ou dinheiro, concedemos descontos e parcelamos compras acima de R$ 100”, conta Amanda Patrocínio, atendente da Papelaria Visão em Uberlândia (MG).
Ela relata que o aumento dos preços impactaram bastante nas vendas, já que os consumidores têm procurado dividir as compras, escolhendo materiais em diversos lugares com base no menor valor.
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Assim como Marlice, Amanda afirma que mochila e caderno são os itens que mais subiram.
Comparação anual
Segundo levantamento do Instituto Locomotiva e QuestionPro, as famílias brasileiras gastaram R$ 49,3 bilhões com materiais escolares em 2024, um aumento de 43,7% em comparação aos últimos quatro anos. Em 2021, o total foi de R$ 34,3 bilhões, saltando para R$ 49,3 bilhões em 2024.
A pesquisa, que entrevistou 1.461 homens e mulheres acima de 18 anos em todo o país entre os dias 2 e 4 de dezembro, apontou que 85% das famílias com filhos em idade escolar sentiram o peso dessas despesas no orçamento. Para 2025, um terço dos entrevistados planeja parcelar as compras para enfrentar as despesas.
Com os altos custos e o impacto no orçamento familiar, os materiais escolares continuam representando um desafio financeiro significativo para as famílias brasileiras a cada início de ano letivo.
