O forró nas festas juninas: tradição, alegria e identidade cultural brasileira
Do xote ao baião, o forró é o ritmo que embala quadrilhas, acende fogueiras e presta homenagem a ícones como Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Elba Ramalho
Junho está chegando, e com ele as ruas se enchem de bandeirinhas, balões coloridos, comidas típicas e, claro, muita música nordestina. O forró nas festas juninas é mais do que uma trilha sonora, é o símbolo da identidade cultural do povo brasileiro, especialmente do Nordeste. Ritmos como o xote, o baião e a quadrilha são os protagonistas das celebrações, que têm em nomes como Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Elba Ramalho seus maiores embaixadores.

A música junina é um elo entre gerações, e canções que embalaram arraiás décadas atrás continuam presentes nas playlists das festas atuais. Ao lado de hinos consagrados, novos artistas também ganham espaço, mantendo viva a chama dessa tradição.
Forró nas festas juninas: raízes e ritmos que embalam o país
O forró é um gênero musical que nasceu no Nordeste brasileiro e engloba diversas vertentes, como o xote, o baião e o arrasta-pé. Nas festas juninas, ele ganha força e simbolismo, unindo o Brasil inteiro em uma celebração coletiva da cultura popular.
- O baião, popularizado por Luiz Gonzaga, é marcado por batidas repetitivas e letras que exaltam a terra, o amor e o sertão.
- O xote, mais romântico e cadenciado, convida os pares a dançar coladinhos.
- A quadrilha, com origem europeia, ganhou sotaque brasileiro e se tornou um espetáculo coreografado nas festas juninas.
Clássicos do forró que não podem faltar no seu arraiá

Selecionamos 7 músicas que são verdadeiros hinos das festas juninas e que ilustram a força do forró nas festas juninas. Prepare o chapéu de palha, o vestido de chita e o coração para dançar o forró nas festas juninas!
- “Olha pro céu, meu amor” – Luiz Gonzaga
Uma das músicas mais emblemáticas do São João, que mistura romantismo e a beleza das tradições juninas. - “Isso aqui tá bom demais” – Dominguinhos
Um convite irrecusável à alegria e à dança, com a sanfona marcante de um mestre do forró. - “São João na Roça” – Luiz Gonzaga
Uma pintura sonora da festa junina raiz, com fogueira, sanfona e muito arrasta-pé. - “Pagode Russo” – Luiz Gonzaga
Ritmo contagiante que não pode faltar nas quadrilhas animadas do interior ao litoral. - “Banho de Cheiro” – Elba Ramalho
Um hino do forró feminino que fala de paixão com o gingado que só Elba tem. - “Xote das Meninas” – Luiz Gonzaga
Letra poética, melodia envolvente e um retrato das jovens nos tempos de São João. - “Frevo Mulher” – Zé Ramalho na voz de Elba Ramalho
Mistura de ritmos com a energia perfeita para manter o arraiá no auge.
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Homenagens que mantêm viva a chama do São João
As festas juninas são também momentos de reverência a artistas que ajudaram a moldar a música nordestina.

Luiz Gonzaga, o “Rei do Baião”, eternizou o forró como patrimônio nacional.
Dominguinhos, seu discípulo, trouxe sofisticação ao gênero com melodias doces e letras marcantes.
Elba Ramalho, por sua vez, representa a força feminina e a renovação constante do forró, levando o ritmo para os grandes palcos do país.
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Tradição que atravessa gerações
Mesmo com a chegada do forró eletrônico, do brega e das novas vertentes, o forró nas festas juninas tradicionais resiste firmemente. As escolas organizam quadrilhas, as cidades do interior preparam festas monumentais e até nas capitais se ouve o som do triângulo, da zabumba e da sanfona.
Mais do que nostalgia, o forró representa resistência cultural e identidade de um povo que transforma a música em celebração.