Direto do túnel do tempo: os queridinhos dos anos 80 e 90 continuam no mercado

Chocolates, refrigerantes, brinquedos e até itens de beleza resistiram ao tempo, driblaram mudanças de público e continuam encantando gerações

, em Uberlândia

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Se você cresceu entre os anos 1980 e 1990, com certeza tem uma memória afetiva ligada a algum item que parece pequeno, mas que tem um poder imenso de te transportar direto pra infância. E se engana quem pensa que esses ícones ficaram no passado. Muitos deles continuam firmes em 2025 — alguns no mesmo formato, outros reinventados, mas todos com o mesmo gostinho de nostalgia.

Chocolate surpresa
As imagens de animais colecionáveis transformaram o chocolate Surpresa em objeto de desejo – Crédito: reprodução/internet

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No universo das guloseimas, poucos produtos têm uma trajetória tão sentimental quanto o chocolate Surpresa. O sabor marcante, a embalagem original e, claro, as imagens de animais colecionáveis transformaram o chocolate em objeto de desejo — e de troca no recreio. Hoje, o Surpresa voltou ao mercado em edições especiais, sem perder sua essência.

É bolacha ou biscoito? No campo dos snacks, a bolacha Passatempo sobreviveu às tendências de alimentação saudável, aos altos e baixos do mercado e ainda mantém o design dos desenhos gravados nos biscoitos — hoje, inclusive, colecionáveis por fãs.

Há 30 anos no mercado, a Passatempo fez parte da infância de milhões de brasileiros ao longo dos anos – Crédito: Internet/ Reprodução

A fórmula também deu certo com o Lollo, o famoso “chocolate fofinho”, que passou por um rebranding no início dos anos 2000 (quando virou “Milkbar”), mas voltou ao nome original por pressão popular.

Sem esquecer dos chocolates de infância que mais pareciam brinquedos: o chocolate guarda-chuva, as moedinhas e as bolinhas que remetiam a uma bola de futebol, todos embalados com um charme que encantava antes mesmo da primeira mordida.

chocolate
Um clássico dos anos 80 e 90, o chocolate em formato de guarda-chuva – Crédito: Crédito: reprodução/internet

Outros doces icônicos permanecem vivos: o Dadinho, aquele quadradinho de amendoim que parece uma lembrança em forma de bala; as balas de hortelã da Garoto, que ainda ocupam o fundo das bolsas de muitas avós (e mães também); o Babbaloo, com seu recheio explosivo de tutti-frutti; e até o bombom do Fofão, mais difícil de achar, mas ainda presente em algumas lojinhas retrô e bancas de doce.

As marias-moles também estão firmes nas prateleiras. Com textura macia, elas ainda são vendidas em formatos criativos como sorvetes, corações ou caixinhas de ovo.

O doce maria-mole é brasileiro e foi criado em São Paulo, pelo confeiteiro Antonio Bergamo – Crédito: Internet/ Reprodução

No campo das balas e cosméticos infantis (sim, às vezes era tudo uma coisa só), quem não se lembra do lendário batom verde, que prometia mudar de cor nos lábios?

Ou do batom em formato de morango, doce e perfumado como só os anos 90 podiam ser? E as eternas balas Chita, que ainda podem ser encontradas em armazéns e mercados populares.

Batom
O batom mantém a tonalidade por 24 horas nos lábios – Crédito: reprodução/internet

Brinquedos também resistem ao tempo. O Tamagotchi, o bichinho virtual que ensinou crianças a cuidar (e a deixar morrer) um pixel fofo, voltou repaginado e agora tem até versões com conexão via app. E o Banco Imobiliário, irmão do Monopoly, continua promovendo discórdias familiares nas noites de domingo.

Já o lendário traço mágico brilha até hoje. Aquela lousinha portátil com tela branca e uma canetinha amarrada por um fio, que permitia desenhar e apagar tudo num simples deslizar. Um clássico das viagens de carro, dos consultórios pediátricos e das tardes preguiçosas que dispensavam Wi-Fi e até hoje permanecem à venda.

Tamagotchi
Bichinho virtual que ensinou crianças a cuidar de um pixel fofo voltou repaginado e agora tem até versões com conexão via app – Crédito: Crédito: reprodução/internet

Entre os objetos da casa, destaque para o eterno filtro de barro, eleito inclusive por especialistas como uma das melhores formas de purificar água , além do clássico jogo de jantar âmbar, com seu tom caramelo inconfundível, que enfeita mesas desde os tempos da vovó.

E na escola, que criança não quis uma caneta de 5 cores com clique barulhento e missão secreta de escrever a redação inteira em azul, vermelho e verde?

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Crédito: Internet/ Reprodução
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Sabor de nostalgia

Esses itens não são apenas vestígios do passado. Eles continuam sendo comercializados porque despertam afetos, provocam sorrisos e carregam consigo uma simplicidade que hoje parece rara.

Em tempos de IA, QR Code e delivery por drone, eles nos lembram de um tempo em que a felicidade vinha em papel colorido, em plástico transparente ou em um clique simples de botão.

E assim, estamos em 2025 dividindo espaço nas prateleiras — e no coração — com o que há de mais moderno, mas sem abrir mão do sabor doce (e levemente açucarado) da nostalgia.