Dia Nacional do Teatro: conheça 3 grupos que mantêm a arte viva em Uberlândia

Data reforça a importância da arte cênica e valoriza o trabalho de companhias que renovam a cena teatral local

, em Uberlândia

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O Dia Nacional do Teatro, celebrado em 19 de setembro, evidencia a relevância dessa forma de arte na sociedade. Instituída por lei em 2010, a data reconhece o teatro como patrimônio cultural e reforça seu papel social.

Em Uberlândia, grupos teatrais se destacam, levando o teatro a diferentes públicos e promovendo-o como ferramenta de transformação cultural e social.

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Créditos: Grupontapé de Teatro/Divulgação

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A origem do teatro

O teatro nasceu na Grécia Antiga, por volta do século VI a.C., em celebrações em homenagem ao deus Dionísio. Com o tempo, consolidou-se como uma forma de arte autônoma, marcada por tragédias e comédias em anfiteatros abertos.

Durante a Idade Média, predominavam peças religiosas, enquanto dramaturgos históricos como Shakespeare contribuíram para a renovação da linguagem cênica e estabeleceram o teatro como uma expressão universal.

O teatro no Brasil e o Dia Nacional do Teatro

No Brasil, os primeiros registros teatrais surgiram no período colonial, quando padres jesuítas utilizavam encenações como recurso de catequese. Ao longo dos séculos, o teatro brasileiro desenvolveu uma identidade própria, principalmente a partir do século XIX, com a criação de companhias nacionais e a consolidação de espaços de apresentação.

No século XX, dramaturgos como Nelson Rodrigues, Gianfrancesco Guarnieri e Dias Gomes levaram ao palco temas sociais, políticos e comportamentais, refletindo a realidade do país.

O Dia Nacional do Teatro reforça essa tradição, destacando o papel cultural do teatro e incentivando a valorização de grupos e espaços teatrais em todo o país. Se o teatro no Brasil se consolidou como expressão própria, em Uberlândia ele também encontrou terreno fértil, com grupos que unem tradição e inovação, movimentando a cena local e aproximando diferentes públicos.

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Cena teatral em Uberlândia

Na cidade, o teatro permanece ativo e diversificado, com grupos que equilibram tradição e experimentação. Espaços culturais, escolas de teatro e palcos locais garantem o acesso a espetáculos variados, do teatro de rua ao experimental, passando por peças infantojuvenis e produções autorais.

1) Grupontapé de Teatro

O Grupontapé de Teatro se destaca por mesclar linguagens popular e contemporânea, promovendo reflexão e diálogo com a comunidade. Atuando desde 1994, realiza apresentações em seu espaço e em praças da cidade, incluindo espetáculos gratuitos de teatro de rua. Entre seus trabalhos estão Balaio Popular, As Centenárias e Por de Dentro, que exploram memória, cotidiano e questões sociais. O grupo também promoveu projetos formativos, como a Oficina de Jogos Teatrais, realizada entre abril e maio, voltada à experimentação cênica e à formação de atores.

2) Trupe de Truões

Voltada ao público infantojuvenil, a Trupe de Truões explora linguagens diversas, como teatro de objetos, sombras, máscaras, pernas de pau e musicalidade. Desde 2002, a companhia mantém o Ponto dos Truões, no bairro Santa Mônica, onde realiza oficinas, cursos e atividades culturais para crianças, adolescentes e adultos. Entre suas produções recentes, destaca-se MBAÉ’TATÁ, e o grupo também participa de datas comemorativas.

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Ponto dos Truões – Créditos: Trupe dos Truões/Reprodução

3) Coletivo Teatral do Cerrado

O Coletivo Teatral do Cerrado foca em produções autorais que exploram memória, cotidiano, ancestralidade e questões sociais, oferecendo sessões adaptadas com Libras e audiodescrição para inclusão e acessibilidade.

Formado por alunos de Teatro da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), o grupo surgiu em 2021 e já produziu peças como O Bar e Bença, abordando envelhecimento, racismo e violência doméstica.

Também promoveu a oficina “Memórias encenadas, da vida ao palco”, voltada a públicos específicos, incluindo pessoas com mais de 55 anos, e apresentou trabalhos em espaços culturais da cidade, como o Grupontapé, fortalecendo a participação comunitária e a formação artística.

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Créditos: Coletiva Teatral do Cerrado/Reprodução