Os cuidados com o coração cabem na palma da mão
Número de infartos entre quem tem menos de 40 anos e mais de 150%
Meu pai morreu de infarto. Era um sábado de fim de verão depois de sair do trabalho. Foi até um orelhão e ligou para casa para que meu irmão fosse buscá-lo. Contou que não se sentia bem. Foi para casa e minha mãe percebeu a palidez e o suor. Correram para o hospital. Orestes era seu nome. Entrou firme apesar da dor e disse que logo estaria em casa. Não resistiu. Dormiu para sempre.
O meu coração quase parou tamanha foi a minha dor de ter o meu pai arrancado de mim sem que eu tivesse a chance de me despedir. O meu peito também rasgou assim como de minha família. Inexplicável sentimento diante da morte.
Vivi o luto e quando melhorei um pouco daquela tristeza inesperada fui ao cardiologista. Diante do que aconteceu e com o histórico da família, tios e primos, fazer exames cardiológicos faz parte da minha rotina de cuidado.

Hoje, com a mesma idade de meu pai quando morreu, e na menopausa, isso aumenta reforçando os hábitos que nos fazem diminuir o risco. Atitudes que cabem na palma da nossa mão como explicou o cardiologista Rodrigo Penha que esteve comigo no ‘Você com Mônica Cunha’.
1. Fazer atividade física. A orientação são 150 minutos por semana. Escolha o seu exercício e siga na constância.
2. Perder peso. Tá bom, eu sei que não é fácil. O Rodrigo Penha contou que outro dia conversando com um paciente que está acima do peso ele argumentou não tinha recursos para emagrecer. O Rodrigo trouxe a seguinte pergunta para ele: ‘você tem uma faca em casa?’ O paciente levou um baita susto e eu também. E o exemplo foi simples: pegue essa faca e corte pela metade o que tem no seu prato. Gastou para fazer isso? Não! Vai emagrecer? Sim!
3. Controle o estresse. Ele atinge todos nós. E uma hora ou outra teremos que mudar a nossa forma de pensar sobre aquilo que não temos controle, que não depende de nós. Agora, sobre a nossa vida a gente tem esse controle. O Rodrigo comenta que normalmente o estresse é fruto de uma desorganização. Quando eu não sei o que estou fazendo a sensação é de caos e isso nos irrita. Se nos organizamos, tudo fica mais leve.
4. Tenha o hábito de aferir a pressão. Saiba como ela está e se for preciso medicação, tome da forma como o médico orientou, com disciplina. Das 100 pessoas que têm hipertensão só 12 controlam.
5. Cuide da alimentação, do sono, fique de olho no colesterol e compreenda que não há milagre. Há esforço.
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O meu pai, meu irmão me disse, sentiu uma forte dor no peito e ele tinha um agravante: fumava. Foi fulminante. E como saber dos sintomas? Segundo o Rodrigo Penha, independente da idade os sinais são: um forte aperto no peito como se fosse o pé de um elefante sobre o peito. Sensação de falta de ar, uma dor que caminha para o braço esquerdo, com sudorese, náusea.
Percebeu essa lista nada de ficar em casa. Tem que ir imediatamente para o médico. Quanto mais rápido chegar a uma unidade de saúde melhor será.
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Ah, e mais um alerta do cardiologista. O uso indiscriminado de hormônios principalmente a testosterona para as mulheres. O risco é alto e o infarto pode acabar com os sonhos.