Mônica Cunha

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O encontro que reacendeu a esperança e trouxe a força da oração

História inspiradora de um jovem que, mesmo diante das dificuldades, encontra na fé a força na oração para seguir em frente e realizar seus sonhos

, em Uberlândia

Terminei o expediente com uma preocupação plantada na mente. E de imediato ela começou a dar frutos nada saborosos. Senti-me ansiosa, com medo e desesperançosa. Abraçada por essa sensação, acompanhei-me na compra de um livro sugerido pelo meu médico.

Até chegar ao local, fui observando o tempo. Nem parecia que caíra um temporal há pouco. O céu desaguou como de praxe para a época. Mas naquele momento, percorrendo a avenida, o sol se fazia presente sem muita intensidade, na medida certa para deixar evidentes os chuviscos nos canteiros e árvores.

Desci do carro e, alguns metros depois, entrei na livraria. O lugar estava lotado, o que me despertou uma alegria contida por saber que as pessoas estão se interessando pela leitura. Reparei, inclusive, nos olhos curiosos na variedade de títulos.

Procurei alguém para solicitar o meu pedido quando o vi. Um jovem rapaz com o cordão do crachá com vários botões. Ele me sorriu e nos apresentamos. Disse qual obra eu havia encomendado e ele, gentilmente, me encaminhou ao balcão onde ficam os caixas.

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Enquanto providenciavam o livro, ficamos ali entre as prateleiras e foi inevitável a conversa. Soube que ele vai recomeçar o cursinho. O rapaz tem um sonho: fazer o curso de Medicina. Tentou, porém não passou. “Por três pontos não consegui entrar para a faculdade”, ele me contou.

O rapaz ficou muito triste, decepcionado, frustrado, ensimesmado com o que considerou um fracasso. Passou pelo menos três semanas nesse luto. Depois disso, arregaçou as mangas para seguir em frente. A coordenadora da escola reforçou o esforço, dizendo que ele está muito perto de concretizar essa meta. Endosso o pensamento dela e já o vejo formado.

E há uma característica nesse moço que me dá essa certeza: a fé. Durante a conversa, ele revelou um ritual do qual não abre mão: a oração. A todo momento, o jovem recorre a ela. Seja sozinho, junto da mãe, na hora do aperto ou da boa notícia.

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No trabalho, ele age da seguinte forma: chega, bate o ponto, troca o uniforme e, cinco minutos antes de iniciar o serviço, reza silenciosamente. Aí sim, ele se sente pronto para começar.

Ao ouvir aquelas palavras, recuperei um pouco da minha fé, que havia se abalado diante daquela preocupação, que agora me parece sem muito sentido. Daí, fui pesquisar.

Sabia que a oração é um dos pilares para o bem-estar?

Essa conexão com aquilo em que acreditamos, independentemente de religião, libera neurotransmissores como endorfina e dopamina, aumentando nossa sensação de bem-estar e prazer.

Além disso, acende em nós a paz. Tirar um momento para simplesmente rezar, orar, falar ou pensar pode diminuir a frequência cardíaca, melhorar o sono, reduzir a ansiedade e até aliviar a dor. Com disciplina e dedicação, é possível notar a diferença em três meses.

O que aquele menino maduro me trouxe de bom foi essa prática: a crença no que nem sabemos que existe, mas existe, entende? Me despedi perguntando o nome dele. “Jelson”, o amigo da perseverança.