Implantação do Samu de Uberlândia pode estar em risco
Samu de Uberlândia precisa de recursos do Governo Federal e Estadual para ser implementado
A implantação do Samu de Uberlândia pode não sair do papel e frustrar as expectativas da administração municipal que era de inaugurar o serviço no dia 31 de agosto, data do aniversário da cidade.
Fontes do Ministério da Saúde dizem que o Governo Federal já teria sinalizado para a Prefeitura de Uberlândia que, por causa do contingenciamento de recursos para conseguir cumprir a meta fiscal no orçamento da União, pode não ter dinheiro para viabilizar o serviço na cidade.
No começo de maio uma comitiva de Uberlândia foi a Brasília e se reuniu com o ministro da Saúde Alexandre Padilha. Na ocasião, o ministro teria se comprometido a fazer o aporte necessário para o custeio do serviço. A reunião foi intermediada pelo deputado federal Weliton Prado (SDD).
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Uma normativa do Ministério da Saúde estabelece que o Samu deve ser uma responsabilidade compartilhada entre União, Estados e Municípios. Na divisão, o Governo Federal paga metade do custeio e a outra metade fica dividida entre Estados e Municípios.
Nesta semana, 10 consórcios de saúde de Minas Gerais apontaram um rombo de R$ 56 milhões com risco até de interromper as atividades. O Cistri (Consórcio Público Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência e Emergência da Macrorregião do Triângulo do Norte) que tem sede em Uberlândia e agrupa 27 municípios da região, projeta um déficit de R$ 3,2 milhões até o fim do ano, caso o Governo Federal não aumente os repasses para o serviço.
Atualmente, o Estado de Minas Gerais é responsável pela maior parte dos repasses, cerca de 46%. Já a União, que deveria enviar ao menos metade dos recursos, contribui com apenas 35%.
O presidente do consórcio, prefeito de Centralina Oscar Feldner, disse que a adesão de Uberlândia ao Samu só será possível se houver o financiamento federal e estadual que é quem banca praticamente 70% da estrutura do consórcio. Neste sentido a situação vai ficando cada vez mais difícil.
Esta semana, a Coluna conversou com o prefeito Paulo Sérgio sobre o caso, ele disse que iria a Belo Horizonte discutir com o Estado. Não entrou em detalhes mas também não demonstrou estar muito confiante em receber os recursos prometidos pelo Governo Federal.