Sua ansiedade está sabotando seu intestino!
Inestino é um dos órgãos mais afetados pela ansiedade; saiba como evitar os sintomas de incômodo
Náuseas, refluxo, dor de estômago e distensão abdominal são apenas alguns dos sintomas gastrointestinais associados à ansiedade.
Mesmo após exames médicos, muitas pessoas continuam a sentir esses desconfortos, sem uma explicação clara. Especialistas alertam para a necessidade de reconhecer a conexão entre a mente e o corpo e buscar tratamentos adequados para aliviar tanto os sintomas emocionais quanto físicos.

A ansiedade patológica, um dos distúrbios mentais mais comuns, pode afetar o corpo de diversas maneiras, incluindo sintomas gástricos e intestinais inexplicáveis.
Pacientes com ansiedade frequentemente relatam desconfortos como náuseas, azia, refluxo, dor de estômago, gases e distensão abdominal, além de diarreia e constipação, que muitas vezes não são explicados por exames médicos convencionais.
De acordo com o psiquiatra Marco Abud, a ansiedade altera o funcionamento do sistema gastrointestinal devido ao aumento de substâncias como adrenalina e cortisol, que afetam diretamente o intestino.
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A adrenalina, por exemplo, pode causar a paralisia temporária do trânsito intestinal, resultando em sintomas como constipação ou diarreia. Além disso, o desequilíbrio entre substâncias como serotonina e acetilcolina também contribui para essa gangorra intestinal, alternando entre falta e excesso de apetite, indigestão e desconforto abdominal.
O distúrbio ocorre porque o intestino e o cérebro têm uma conexão estreita, compartilhando substâncias químicas que regulam funções essenciais do corpo. Quando o cérebro entra em modo de alerta constante devido à ansiedade, esse sistema fica desregulado, resultando em disfunções no intestino. Por isso, problemas como síndrome do intestino irritável e refluxo gastroesofágico estão frequentemente associados à ansiedade.
A boa notícia é que a terapia cognitivo-comportamental (TCC), um tratamento eficaz para a ansiedade, também pode ajudar a aliviar esses sintomas gastrointestinais. Além disso, mudanças no estilo de vida, como o consumo de probióticos e a redução do consumo de cafeína, são recomendadas para melhorar a saúde intestinal e reduzir os efeitos da ansiedade.
Ansiedade e intestino: confira algumas dicas para evitar problemas
- Busque tratamento para a ansiedade: o primeiro passo é tratar a causa raiz, que é a ansiedade. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é altamente recomendada, pois pode ajudar a reduzir os sintomas emocionais e, consequentemente, melhorar os sintomas físicos.
- Atenção à alimentação: mudanças alimentares podem ter um impacto positivo tanto na saúde intestinal quanto na redução da ansiedade. Alimentos ricos em probióticos, como iogurte grego, kefir e picles, podem ajudar a equilibrar a microbiota intestinal, favorecendo uma melhor digestão e diminuindo os efeitos da ansiedade no corpo.
- Evite cafeína: a cafeína pode agravar os sintomas de ansiedade, além de contribuir para o aumento do refluxo gástrico e distúrbios no sono. Tente substituir o café por chá verde ou chá preto, que contêm menos cafeína e podem ajudar a controlar a ansiedade.
- Incorpore técnicas de relaxamento: a prática de técnicas de relaxamento, como a respiração profunda e o relaxamento muscular progressivo, pode reduzir a tensão corporal e aliviar sintomas gastrointestinais relacionados à ansiedade.
- Considere o uso de probióticos: alguns estudos sugerem que probióticos, como Lactobacillus rhamnosus, podem ajudar a melhorar a saúde intestinal e reduzir sintomas de ansiedade. Consulte um médico antes de iniciar o uso de suplementos.
- Monitore o apetite e os sintomas gastrointestinais: fique atento às mudanças no seu apetite, bem como a alternância entre constipação e diarreia. Caso esses sintomas estejam recorrentes e sem explicação médica, a ansiedade pode ser um fator desencadeante.
- Faça exames regulares: embora muitos sintomas gástricos possam ser atribuídos à ansiedade, é essencial fazer exames médicos regulares para descartar outras condições. Se os resultados forem normais, o foco pode ser direcionado para o tratamento da ansiedade.