Veado-catingueiro nasce no Lapas após mãe ser resgatada atropelada

Um veado-catingueiro nasceu na madrugada desta sexta-feira no Laboratório de Pesquisa em Animais Silvestres (Lapas) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). O nascimento marca mais um avanço no trabalho de reabilitação e conservação da fauna silvestre realizado pela equipe.

A mãe do filhote, batizada de Maria, foi resgatada em junho deste ano, após ser atropelada na região de Paracatu (MG). Ela chegou ao laboratório com problemas respiratórios e escoriações, e durante os exames de ultrassom a equipe descobriu que estava prenha. Desde então, a gestação foi acompanhada de perto.

“A Maria chegou muito debilitada, mas conseguimos estabilizar o quadro e seguir com o acompanhamento da gestação. O filhote nasceu durante a madrugada, e por enquanto estamos deixando que a mãe cuide dele naturalmente”, explicou Thaís Silva.

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Equipe monitora o filhote nas primeiras horas de vida

Segundo a coordenação do Lapas, o sexo e o peso do filhote ainda não foram definidos, já que o procedimento de avaliação será realizado apenas após o vínculo inicial com a mãe, para evitar rejeição.

O nascimento aconteceu de forma tranquila, e os profissionais do setor seguem monitorando a dupla à distância, garantindo que ambos recebam os cuidados necessários neste período inicial.

Reabilitação e preservação de espécies ameaçadas

O caso da Maria já havia ganhado destaque em agosto, quando o Paranaíba Mais mostrou o trabalho de recuperação de quatro veados-catingueiro resgatados no Triângulo Mineiro. Além de Maria, também estão sob cuidado da UFU os animais Elliot, Juniper e Groover, que chegaram de diferentes cidades da região.

O objetivo do Setor de Animais Silvestres da UFU é a reabilitação e reintrodução desses animais ao habitat natural, quando possível. Em casos mais delicados, como o de Maria, o foco é garantir bem-estar e acompanhamento clínico.

Lapas se consolida como referência em resgates no Triângulo

O Lapas/UFU é referência regional no atendimento a animais silvestres vítimas de atropelamento, maus-tratos ou tráfico. Em parceria com o Ibama e a Polícia Militar de Meio Ambiente, o setor recebe, trata e monitora dezenas de espécies todos os meses, com prioridade para reabilitação e soltura controlada.