Onça-parda resgatada em Chaveslândia é solta na zona rural de Gurinhatã

Após sete dias de cuidados intensivos no HV-UFU, onça-parda resgatada se recuperou da anemia e foi devolvida em segurança ao habitat natural

, em Uberlândia

A Polícia Militar de Meio Ambiente (PM Mamb) soltou na tarde desta terça-feira (4) a onça-parda resgatada em Chaveslândia, que permaneceu três dias em uma árvore no distrito de Santa Vitória antes de ser capturada.

O macho jovem-adulto, de médio porte, se recuperou rapidamente durante sete dias no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia (HV-UFU), onde foi tratada da anemia, o que possibilitou sua soltura segura na zona rural de Gurinhatã.

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Polícia Militar de Meio Ambiente realiza a soltura da onça-parda que ficou três dias em árvore
Onça-parda resgatada em Chaveslândia foi carinhosamente apelidada de “Scar” – Créditos: PM Mamb/Divulgação

Relembre o caso da onça-parda que ficou três dias em árvore

No dia 25 de outubro, uma onça-parda subiu em uma árvore, no quintal de uma casa em Chaveslândia. O felino permaneceu lá por alguns dias, parecendo cansada e assustada.

As forças de segurança foram acionadas, e o resgate durou por três dias. Equipes da PMMamb, do Corpo de Bombeiros e do HV-UFU atuaram para garantir a segurança tanto do felino quanto da população.

O morador da residência, Rogger Fonseca, contou que sua casa virou ponto de atração entre os moradores, e que a onça parecia se sentir segura na árvore.

A esposa de Rogger, Débora Fonseca, disse que ficou apreensiva durante os dias de resgate: “O barulho no telhado assustou a gente demais. A gente pensava: ‘E se ela descer?’. Mas, ao mesmo tempo, é impressionante ver um bicho desses de tão perto. A comunidade inteira fala disso, é algo que a gente nunca vai esquecer”, contou.

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Recuperação e soltura

Após resgatada, a onça foi transportada para o Setor de Animais Silvestres do HV-UFU. Os especialistas do hospital contaram que o felino chegou com 1,67 metro e 42 kg e com um quadro de anemia. A médica-veterinária Beatriz Ibelli contou que o felino estava desidratado e estressado no momento do resgate.

“Com ele sedado, fizemos o exame clínico e percebemos a temperatura corporal muito elevada, por conta do estresse e da desidratação. As manobras de reidratação começaram ali mesmo”, relatou.

Uma melhora rápida permitiu que Scar voltasse ao seu habitat natural antes da previsão inicial de 10 dias de recuperação.

Ele foi sedado para o transporte ocorrer com segurança. O médico-veterinário Márcio Bandarra explicou a escolha do local da soltura.

“Escolhemos uma área próxima à captura para não gerar desequilíbrio em outra região. Se soltarmos em um território com outros machos, por exemplo, pode haver disputa. Assim, minimizamos riscos e preservamos a biodiversidade local”, contou.

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