Javali gigante de 250 quilos é abatido em fazenda de Paracatu

Um javali gigante, com cerca de 250 quilos e mais de 1,60 metro de comprimento, foi abatido por caçadores em uma fazenda na zona rural de Paracatu, no Noroeste de Minas Gerais. A operação de controle da espécie aconteceu com o apoio de cães farejadores e armamento autorizado, conforme previsto nas normas do Ibama.

O caso traz atenção para os riscos ambientais e econômicos causados pela espécie, considerada uma das 100 mais invasoras do mundo, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

O grupo responsável pelo abate em Paracatu atua sob esse regime. De acordo com os caçadores, este foi o terceiro animal de grande porte abatido em quatro meses na mesma região. O mais recente foi localizado durante a noite com o auxílio de uma lanterna e rastreado por cães especializados.

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Espécie causa prejuízos e ameaça a biodiversidade brasileira

Originários da Europa e Ásia, os javalis chegaram ao Brasil há mais de um século, e desde então se multiplicaram de forma descontrolada. Cruzamentos com porcos domésticos deram origem ao javaporco, um híbrido ainda mais resistente e difícil de conter.

Sem predadores naturais, esses animais invadem lavouras, escavam o solo, destroem vegetação nativa e podem transmitir doenças para o rebanho doméstico. Além disso, geram prejuízos diretos a pequenos e médios agricultores, que têm suas plantações devastadas.

A caça ao javali no Brasil é legalizada desde 2013 como forma de controle técnico. Para isso, os caçadores precisam estar devidamente cadastrados como Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs), possuir armamento legalizado, e seguir diretrizes rígidas do Cadastro Técnico Federal do Ibama.

Javali de 300 kg foi abatido em João Pinheiro

Em maio, outro javali gigante com aproximadamente 300 kg e média cerca de 2,40 metros de comprimento e 1,55 metro de altura, foi capturado em João Pinheiro.  O animal, de proporções incomuns, foi localizado por dois caçadores com o apoio de cães farejadores treinados e tecnologia de rastreamento via GPS. O abate representa o aumento da espécie em regiões produtoras como o Triângulo Mineiro e o Alto Paranaíba.

Dados do Sistema Faemg Senar apontam que o estado já registra a presença da espécie em 198 municípios, sendo 64 classificados com prioridade extremamente alta para prevenção ambiental. Nessas áreas, como Tupaciguara, no Triângulo Mineiro, os relatos se multiplicam entre produtores.