Filhote de veado-catingueiro resgatado em Minas é fêmea e ganha nome de Juniper
Animal ameaçado de extinção foi encontrado sozinho às margens da MGC-497, em Prata, e pode ter perdido a mãe para a caça ilegal
A pequena fêmea de veado-catingueiro resgatada às margens da MGC-497, em Prata, no Triângulo Mineiro, foi batizada de Juniper. O animal, de aproximadamente quatro a cinco meses de idade, pertence a uma espécie típica do Cerrado e é considerada ameaçada de extinção. Ela foi encontrada sozinha, faminta e desorientada, em uma fazenda próxima à rodovia.

De acordo com a Polícia de Meio Ambiente, que atendeu à ocorrência, a hipótese mais provável é que a mãe do filhote tenha sido abatida por caçadores ilegais — uma prática criminosa que continua a representar ameaça à fauna silvestre, especialmente em áreas rurais de Minas Gerais.
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Juniper foi levada para o setor de animais silvestres do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), onde está recebendo cuidados veterinários. Segundo a coordenação da unidade, a fêmea passa por exames clínicos e assim que estiver em boas condições de saúde, poderá ser devolvida à natureza.
O resgate da filhote reacende o alerta para a persistência da caça ilegal de animais silvestres, apesar das leis ambientais rigorosas. A Lei nº 9.605/98 prevê pena de até um ano de detenção, além de multas que podem ultrapassar R$ 25 mil por animal abatido em casos envolvendo espécies ameaçadas.
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O veado-catingueiro (Mazama gouazoubira) é uma espécie discreta, de difícil avistamento e essencial para o equilíbrio ecológico do Cerrado. A destruição do habitat e a caça clandestina são os principais fatores que colocam sua sobrevivência em risco.