Com queimaduras e desidratação, lobo-guará resgatado em Prata piora e pode ter doença viral
Animal silvestre está com patas queimadas e continua internado no Hospital Veterinário da UFU; exames devem confirmar suspeita de doença viral
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A situação do lobo-guará fêmea, resgatado nesta segunda-feira (15) em uma fazenda de Prata, ganhou novos desdobramentos nesta terça-feira (16). O animal, sob os cuidados do Setor de Animais Silvestres do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia (SEAS-UFU), está com queimaduras nas patas e sinais de desidratação. Segundo o médico veterinário Marcio Bandarra, coordenador do setor, o lobo apresenta agravamento no quadro clínico e há suspeita de doença viral, que serão confirmados após exames.
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De acordo com o professor, o prognóstico é delicado. “O prognóstico dele é bem desfavorável. Estamos aguardando algumas confirmações de exames, pois o quadro clínico dele se agravou e estamos suspeitando de doença viral”, afirmou.
O animal, uma fêmea de lobo-guará, foi resgatado pela PM MAmb em uma propriedade próxima à rodovia MGC-455. Fraca e deitada no chão, a loba foi resgatada e encaminhada para atendimento emergencial. No primeiro exame, veterinários identificaram lesões compatíveis com queimaduras, possivelmente provocadas por incêndio em área de vegetação.
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Na chegada ao hospital, a paciente apresentava baixo nível de consciência, mas não havia fraturas aparentes. A equipe conseguiu estabilizá-la e iniciou protocolos de hidratação e exames complementares, como análises de sangue, urina e radiografias.
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Agora, com a piora do estado de saúde, a equipe permanece em monitoramento contínuo. O caso chama atenção por envolver uma espécie símbolo do cerrado brasileiro, já ameaçada de extinção, reforçando a preocupação com o impacto de incêndios florestais na fauna da região.