Projeto da UFU aplica IA na produção de cafés do Cerrado e setor mineiro atrai R$ 1,8 bi
Projeto do campus de Patos de Minas, desenvolvido pelo grupo "Da semente à xícara", recebeu mais de R$ 420 mil da Fapemig
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Um projeto do campus Patos de Minas, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), está utilizando IA na produção de cafés especiais diretamente nas fazendas do Cerrado. A iniciativa faz parte de um movimento mais amplo que já atraiu R$ 1,8 bilhão em investimentos no setor cafeeiro de Minas Gerais, que resultou em inovação, desenvolvimento econômico e fortalecimento da cadeia produtiva do café. Entre as consequências estão o lançamento do Café Porandu e o evento Vila Café, voltado à popularização dos cafés especiais.

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O café produzido em Minas Gerais vive uma fase de transformação tecnológica. Em apenas quatro anos, o setor atraiu mais de R$ 1,8 bilhão em investimentos privados, resultado de políticas públicas que estimulam a pesquisa, a inovação e novos negócios. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) coordena as iniciativas que aproximam produtores, indústrias e universidades.
“Investimos fortemente em Ciência, Tecnologia e Inovação para agregar valor à cadeia do café, criando um ambiente favorável a quem escolhe Minas para empreender”, afirmou o secretário-executivo da Sede, Bruno Araújo.
UFU se destaca com IA na produção de cafés
Em meio ao avanço tecnológico do setor, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), por meio do campus Patos de Minas, é um dos destaques academicos. O projeto “Tecnologias aplicadas à produção de cafés especiais”, desenvolvido pelo grupo “Da semente à xícara”, recebeu mais de R$ 420 mil da Fapemig.
A pesquisa aplica inteligência artificial diretamente nas fazendas do Cerrado Mineiro, com o objetivo de elevar a qualidade, a produtividade e a sustentabilidade da produção. Entre os resultados práticos estão o lançamento do Café Porandu, já disponível no mercado, e o evento Vila Café, criado para aproximar produtores e consumidores e divulgar os cafés especiais produzidos na região.
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Investimentos e inovação tecnológica
O movimento de inovação não se limita às pesquisas acadêmicas. A chegada da multinacional Mocoffee ao município de Varginha, é outro exemplo do crescimento do setor. A empresa suíça investiu R$ 20 milhões na instalação da primeira linha de produção de cápsulas monodose do país. “Minas tem a maior diversidade de regiões produtoras e é reconhecida internacionalmente pela qualidade do café, destacou o CEO Ricardo Flores.
Os investimentos em tecnologia e pesquisa são apoiados por editais estaduais, como o Compete Minas, Alysson Paolinelli e o PCTI, que juntos destinaram R$ 16,9 milhões a projetos ligados à cadeia produtiva do café. Segundo a Organização Internacional do Café (OIC), agregar valor por meio de inovação é uma das formas mais eficazes de aumentar receitas e fortalecer a economia local.