Maior drone agrícola do mundo não voa após R$ 19 milhões investidos
A startup brasileira Psyche Aerospace, que ganhou projeção global, anunciou a demissão de 130 funcionários e a interrupção do projeto
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A startup brasileira Psyche Aerospace, que ganhou projeção global ao prometer o desenvolvimento do maior drone agrícola do mundo, anunciou a demissão de 130 funcionários e a interrupção do projeto. O colapso ocorre após a captação R$ 19 milhões em investimentos para o desenvolvimento do modelo Harpia P-71, que seria movido a etanol e eletricidade, com capacidade de carregar até 400 kg de insumos agrícolas.

O drone, que chegou a ser apresentado como uma revolução para o agronegócio em feiras e eventos no Brasil e no exterior, nunca chegou a decolar, nem nos testes finais, nem no mercado.
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A Psyche, sediada em São José dos Campos (SP), justificou que o projeto esbarrou em desafios técnicos, altos custos e dificuldade de atrair novos aportes.
A expectativa era de que o drone pudesse transformar a pulverização aérea, reduzindo custos operacionais e ampliando a eficiência no campo.
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Em comunicado nas redes sociais, o CEO e fundador, Gabriel Leal, de 24 anos, afirmou que a decisão foi tomada após uma “análise criteriosa sobre a sustentabilidade do negócio”.
A empresa alegou que o desenvolvimento da divisão de hardware exigiria um volume de investimentos e tempo que, no atual cenário, se tornou inviável.
A startup decidiu, então, redirecionar suas operações para o segmento de software, que, segundo Leal, apresenta resultados mais sólidos e crescimento consistente.
Apesar do baque, a empresa afirma que o Harpia P-71 não está completamente descartado, mas foi suspenso sem previsão de retomada.