Entre o fim da noite de quinta-feira e início da manhã de sexta-feira (19), moradores de Uberlândia relataram tremores em diferentes bairros da cidade — alguns chegaram a evacuar um prédio em receio aos abalos.
Segundo centros de sismologia nacionais, o terremoto no Chile foi de magnitude 7.4 na escala Richter.
Em relação à eventualidade, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) emitiu no início da manhã uma nota técnica informando que, no Brasil, a ocorrência de abalos sísmicos de grande intensidade são raros, no entanto, ainda podem ser percebidos.
Nesses casos, são oriundas de “reflexos de abalos sísmicos ocorridos em regiões longínquas, até mesmo de outros países, a exemplo do Chile, Peru, Equador e Colômbia, cujos territórios abrangem parte da Cordilheira dos Andes, localizada na extremidade oeste da Placa Sul Americana”, afirma a nota.
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Tremores de terra em Uberlândia
Ainda conforme a nota técnica, assinada por Paulo Cezar Mendes, professor da UFU e Dr. em Geografia, na noite desta quinta-feira, um terremoto atingiu a porção norte do Chile, por volta das 22h50, de acordo com Centro Sismológico Euro-Mediterrânico (EMSC).
Devido a sua magnitude, esses tremores podem ser sentido em uma série de cidades no Chile, Paraguai, Bolívia e Argentina. No Brasil, logo após esse horário (22h50), abalos também foram registrados em cidades do interior do Estado de São Paulo e Minas Gerais, sobretudo no Triângulo Mineiro.
Esses abalos secundários são conhecidos como “reflexos” gerados pelas pelo avanço das ondas sísmicas desencadeadas pela energia liberada durante acomodação abrupta do substrato rochoso no hipocentro do terremoto.
A população que habita em prédios, especialmente os mais altos, percebem com mais precisão esse tipo de evento, pois os mesmos tendem a balançar freneticamente com a passagem das ondas sísmicas, como foi o caso, nos bairros Santa Mônica, Segismundo Pereira e Tibery.
Apesar de o Brasil ser uma das regiões geologicamente mais estáveis do mundo, tremores de pequena intensidade ocorrem periodicamente. Em 2020, a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) registrou 248 tremores no país, a maioria sem riscos significativos para a população.
Caso perceba situação de risco para você e sua família, abandone a edificação, procure um abrigo seguro e entre em contato imediato com o Corpo de Bombeiros (193), Defesa Civil (199), instituições de prevenção de riscos/danos, proteção e preservação da vida
