Conteúdos sobre bem-estar e estilo de vida com informações confiáveis, embasadas cientificamente e com orientações de especialistas
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Era de praxe. Todo domingo estávamos à mesa. Os cinco de casa: meus pais, eu e meus dois irmãos, um casal de gêmeos. Nós e os avós reunidos para o almoço de domingo. De vez em quando vinham alguns tios e primos e juntávamos os pratos preparados com receitas de família.
Uma fartura de sabores: salada simples com alface fresca e tomates em círculos, maionese, macarrão com molho vermelho e queijo por cima e o tradicional frango assado.
O forro era escolhido a dedo. Lavado na semana e perfumado para apoiar pratos, talheres e copos.
A copa era pequena, mas cabia todos com folga e alegria. O burburinho das conversas, o barulho dos garfos e a meninada a fazer bagunça depois de terminar a refeição.
Era partilha. Era conexão. Era alimentar a história de quem carregava o mesmo DNA.
Talvez tenha sido engolido pela rotina atribulada, pela solidão mesmo rodeado de pessoas e pela mania de mergulhar no mundo paralelo, se afogar nas redes sociais sem pausa. Percorrer o feed sem fim. O exagero faz deixar de lado o necessário.
Já está provado por A+B – como se diz informalmente – que arrumar a mesa e juntar quem mora junto, para si mesmo ou para laços importantes construídos com amigos faz muito bem para a nossa saúde.
Em todos os sentidos. Do físico ao emocional a mesa posta nos faz sentir parte de algo muito importante.
As memórias afetivas são criadas, a alimentação ganha uma atenção maior e os vínculos são fortalecidos. Até as crianças participam ajudando a preparar o espaço sagrado para compartilhar o arroz com feijão.
O tempero desse hábito é o amor. Seja um dia já basta para começar. E progredir no bom que é estar junto para saborear a vida com os ingredientes mais saborosos: conversa boa, olho no olho e a sensação de estar no lugar certo! Bom apetite!