Fernando Haddad diz que vai propor revisão ao projeto da dívida dos estados

O projeto de lei foi apresentado pelo presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, e propõe uma nova alternativa para os estados pagarem as dívidas com a União

12/07/2024 ÀS 10H54

- Atualizado Há 2 meses atrás

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou nesta sexta-feira (12) sobre a proposta apresentada pelo senador Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso Nacional, de renegociação da dívida dos estados com a União.

Haddad participou do 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), em São Paulo, e disse que tem dialogado com Pacheco há algum tempo e gosta de como ele conduz os diálogos. Contudo, o Ministro ponderou que o projeto apresentado precisa passar por uma revisão.

Fernando Haddad participa de painel no Congresso da Abraji em São Paulo
Fernando Haddad participa de painel no Congresso da Abraji em São Paulo – Crédito: Laura Lany

O Ministro disse ainda que o próprio Pacheco deu abertura para que o governo analise a proposta e apresente sugestões.

Haddad afirmou que é sensível ao problema dos estados, mas que a negociação também não pode prejudicar as contas federais. Por isso, será apresentada uma proposta de revisão do projeto para acomodar também as necessidades do Tesouro Nacional.

A proposta de Rodrigo Pacheco

O PLP 121/2024 foi apresentado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, na última terça-feira (9).

São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Goiás lideram a lista dos maiores devedores. Somada, a dívida de todos os estados e do Distrito Federal é estimada em R$ 764,9 bilhões.

A proposta tem dois eixos principais:

  • Possibilidade de os estados usarem seus ativos para o abatimento da dívida.
  • Mudanças no indexador que corrige essa dívida.

De acordo com o projeto, haverá permissão para que as dívidas sejam renegociadas em até 30 anos. A dívida consolidada será o ponto de partida da negociação, sem deságio ou desconto.

O indexador

Hoje, o indexador da dívida é o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) mais 4% ao ano. A proposta prevê que parte desses 4% seja revertida para investimentos no próprio estado.

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