Um levantamento, feito através de um mapa de calor, identificou crianças que não foram vacinadas contra a poliomielite, em Uberlândia. A estratégia de busca ativa começa a ser usada a partir desta segunda-feira (8) para ajudar a aumentar a cobertura vacinal na cidade, que atualmente está em pouco mais de 40%.
O levantamento apresenta os locais da cidade que há maior concentração de crianças menores de um ano que estão sem a dose da vacina. A lista vai servir de base para que equipes da Secretaria Municipal de Saúde agendem visitas nas casas para atualização do cartão de vacina das crianças.
De acordo com a Prefeitura de Uberlândia, os bairros que aparecem com maior concentração do público-alvo são:
- Santa Mônica
- Saraiva
- Patrimônio
- Aclimação
- Roosevelt
- Shopping Park
- Mansour
- Luizote
- Morumbi
- Tocantins
Vacina contra a Poliomielite
Na última semana, a Prefeitura de Uberlândia informou que as vacinas contra a poliomielite continuarão disponíveis nas unidades de saúde e no Terminal Central, onde há um ponto de vacinação, mesmo após o fim da campanha nacional de imunização contra a doença.
A vacinação faz parte do enfrentamento contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, no Brasil.
A expectativa da campanha é reduzir o número de crianças não vacinadas e o risco de reintrodução do poliovírus no país. Ele é transmitido, na maioria das vezes, de pessoa para pessoa e invade o sistema nervoso, podendo causar paralisia total em questão de horas.
Em Uberlândia, assim como em todo território nacional, a cobertura vacinal está bem abaixo do ideal, que é de 95% do público-alvo imunizado. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil não registra casos de poliomielite desde 1989 e, cinco anos depois, em 1994, recebeu a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem.
Em 2023, porém, o Brasil foi classificado como de alto risco para a reintrodução do vírus pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas (RCC).