Cinco pessoas envolvidas em esquema bilionário de sonegação são denunciadas pelo MPMG no Triângulo Mineiro

Indivíduos já vinham sendo investigados em envolvimento de sonegação na Operação Castelo de Vento

12/06/2024 ÀS 07H49
- Atualizado Há 4 meses atrás

Cinco pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) acusadas de envolvimento em um esquema de sonegação de impostos no comércio de carnes e abate no Triângulo Mineiro, nesta segunda-feira (12).

Destas, quatro já estavam em prisão preventiva desde a Operação Castelo de Vento, realizada em 8 de maio deste ano.

Durante mais de cinco anos, elas teriam movimentado mais de R$ 1 bilhão em notas fiscais, podendo ter causado um prejuízo estimado em mais de R$ 80 milhões aos cofres públicos mineiros.

Milhares de reais foram apreendidos durante a operação Castelo de Vento, que investigava esquema de sonegação fiscal. | Imagem: Divulgação/ PMMG

Segundo o MP, os alvos denunciados seriam apenas os líderes dos núcleos de uma organização criminosa, com dezenas de outros envolvidos, especializada em falsidade ideológica, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

Dois são denunciados por formação de organização criminosa; um pelo crime de formação de organização criminosa e sonegação fiscal; e outro por formação de organização criminosa e por prejudicar as investigações.

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Sonegação fiscal

A Operação Castelo de Vento cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e 18 de busca e apreensão nas cidades mineiras de Uberaba e Delta, no Triângulo Mineiro, e em São José do Rio Preto (SP). As investigações aconteciam desde 2023.

A intenção era interromper o esquema do crime por meio da prisão de seus responsáveis e aprofundar as investigações por meio da coleta e análise de documentos, tanto físicos quanto digitais, obtidos dos investigados.

Segundo as investigações, contabilistas, empresários, pessoas jurídicas e outras pessoas, se associaram para a prática de sonegação fiscal estruturada, utilizando dezenas de empresas para a sistemática emissão de notas fiscais ideologicamente falsas.

Essas notas frias se prestavam a simular operações comerciais, para acobertar a aquisição de gado de origem clandestina em favor de frigoríficos e acobertar operações comerciais praticadas por terceiros, deslocando a responsabilidade tributária a empresas de fachada.

As investigações tiveram início por meio de trabalho de auditoria da Receita Estadual em Uberaba, que identificou o funcionamento do esquema criminoso e levou o caso ao Ministério Público para apuração conjunta..

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