A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou que a partir de novembro a bandeira tarifária será amarela. A mudança acontece devido a melhora das condições de geração de energia em todo o Brasil.
No mês de outubro deste ano a bandeira subiu para vermelha patamar 2, mas o aumento no volume de chuvas, vivido nas últimas semanas, forçou a redução do valor gasto para gerar energia. Consequentemente, a partir do próximo mês a bandeira tarifária cai para a faixa amarela.
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Na bandeira vermelha patamar 2 são cobrados R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Já a bandeira amarela, cobra R$ 1,885 pela mesma quantidade. Isso representa que a partir de novembro, o consumidor brasileiro terá uma queda de 76,1% no valor da tarifa cobrada pelas companhias a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Nas últimas semanas o país teve um alivio nas altas temperaturas e na estiagem, devido a formação de frentes frias distribuídas em todo o território nacional. Mesmo assim, as previsões de vazão para os próximos meses permanecem abaixo da média. Isso indica a necessidade de geração de energia pela via termoelétrica, principalmente nos períodos do dia em que o consumo é maior.
Histórico de cobranças no último ano:
- Abril/2022 – Bandeira Verde (condições favoráveis de geração de energia; a tarifa não sofre nenhum acréscimo)
- Agosto/2024 – Bandeira Amarela (condições de geração menos favoráveis)
- Setembro/2024 – Bandeira Vermelha Patamar 1 (condições mais custosas de geração)
- Outubro/2024 – Bandeira Vermelha Patamar 2 (condições ainda mais custosas de geração)
Dependentes das hidrelétricas
De acordo com Sandoval Feitosa, diretor-geral da ANEEL, “o sistema de bandeiras se consolidou no Brasil como uma forma democrática do setor elétrico dialogar com a sociedade sobre o consumo eficiente e o custo da energia”.
O Brasil é um dos países mais dependentes da energia hidrelétrica no mundo. Cerca de 65% da energia elétrica que consumimos é produzida em hidrelétricas, o restante provém principalmente de termelétricas e da geração eólica.
Mas essa dependência já foi maior, devido ao apagão causado pela seca em 2001, esse quadro começou a ser revisto. Desde então, a proporção que as hidrelétricas ocupam tem sido diminuída gradualmente.
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